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Atletas russos pegos no doping recusam devolver medalhas Olímpicas

Atletas russos que foram pegos com doping estão se recusando a devolver suas medalhas conquistadas em edições passadas dos Jogos Olímpicos. Quem faz a afirmação é a coordenadora antidopagem da Federação Russa de Atletismo (RusAF), Yelena Ikonnikova.

Desde o escândalo de dopagem envolvendo o esporte russo, especialmente o atletismo, e com a reabertura de exames antidopings de edições passadas dos Jogos Olímpicos, várias provas passaram a ter seus resultados alterados. Para corrigir as injustiças causadas pelo uso de doping, a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) vem realocando as medalhas para aqueles atletas que conquistaram de forma limpa as medalhas, mas que na ocasião não puderam recebe-las por causa do doping. Mas para isso, as entidades pediram para que os atletas russos devolvessem suas medalhas, o que não vem acontecendo.

Uma dessas atletas que se recusa a entregar suas medalhas é a velocista Tatyana Firova. Na semana ela afirmou que não entregaria as suas medalhas de prata conquistadas no revezamento 4x400 em Pequim 2008 e Londres 2012.

De acordo com Ikonnikova, mensagens estão sendo enviadas a atletas e federações esportivas regionais explicando a importância de se devolver as medalhas, mas que isso não vem surtindo efeito. "Nós tentamos fazer algo dentro de nossa capacidade, mas, infelizmente, o processo está paralisado. Alguns atletas prometem devolver suas medalhas, mas desaparecem. Alguns dizem que estão considerando a possibilidade, enquanto outros se recusam a atender nossas chamadas e mensagens", afirmou a dirigente.

Segundo informações, mais de 10 atletas receberam ordens para que devolvessem suas medalhas que haviam sido conquistadas em Olimpíadas (2008 e 2012), mas apenas 3 destes devolveram de fato as medalhas que se comprovaram frutos do doping. Entre as medalhas que foram caçadas está a do revezamento 4x100 feminino de 2008, onde o quarteto russo acabou ficando coma medalha de ouro. As brasileiras haviam ficado em quarto lugar, mas como a medalha foi caçada, as brasileiras herdaram o bronze. As medalhas das brasileiras já foram entregues para elas.

Não é apenas provas olímpicas que estão tendo seus resultados alterados pelo doping dos russos, mas também em campeonatos mundiais de atletismo. Aproveitando o último deles, que acabou no fim de semana e foi disputado em Londres, a IAAF realizou uma nova cerimônia de entrega de medalhas em algumas dessas provas. Uma dessas provas que contou com uma cerimônia no Estádio Olímpico de Londres foi o revezamento 4x400 feminino do mundial de Moscou de 2013. Umas das integrantes do revezamento russo, Antonina Krivoshapka, foi pega no antidoping após levar o bronze na prova dos 400 metros. Assim, a IAAF acabou por caçar também a medalha russa do revezamento. Na capital britânica as medalhas foram realocadas com os Estados Unidos herdando o ouro, a Grã-Bretanha a prata e a França o bronze.


Antes do início do mundial em Londres a Rússia fez um pedido de desculpas formal durante o Congresso da IAAF pelo uso de doping de seus atletas, dando um passo importante no reconhecimento de um esquema de dopagem no país com a participação do governo. Foi a primeira vez  que os russos assumiram sua culpa no caso. Os russos tinham como objetivo a revogação da suspensão imposta para todo o atletismo do país que foi implantada pela IAAF em novembro de 2015. Apesar do reconhecimento do doping e dos apelos feitos pelos russos, a entidade votou por seguir com o banimento dos atletas do país de todo os eventos internacionais realizados por ela. Em Londres, 19 atletas russo foram liberados a disputarem suas provas, mas de forma neutra.

Foto: Getty Images


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