A comissão técnica da seleção brasileira de ginástica artística
feminina realizou no Rio de Janeiro (RJ) uma
bateria de testes com avaliações médicas e físicas em 21 atletas de
clubes do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná. Elas foram
escolhidas para serem observadas, neste processo que tem como objetivo
identificação de potencial e, também, melhoria de desempenho.
Os treinamentos e avaliações foram realizados até o último domingo (28), com o feedback da comissão técnica da
seleção para os seis treinadores de clubes que foram escolhidos para
acompanhar o trabalho. As ginastas e os técnicos são de Flamengo, São
Bernardo, São Caetano, Cegin e EC Pinheiros.
As atividades foram desenvolvidas no Laboratório Olímpico do
COB (Comitê Olímpico do Brasil), instalado no Parque Aquático Maria
Lenk, no Parque Olímpico da Barra, onde foram disputados os Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano passado. Com equipamentos de última
geração, o local ocupa uma área de 1.700 m².
O COB e a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) atuam na
coordenação e na execução dos testes, com sua área esportiva e médica. O
Laboratório Olímpico tem como base três grandes áreas de conhecimento:
científico (bioquímica, fisiologia, biomecânica e preparação mental);
saúde e performance (medicina, fisioterapia, condicionamento e força,
odontologia e nutrição); e suporte e desenvolvimento (gestão do
autoconhecimento, análise de desempenho, modulagem computacional e
equipamento e tecnologia).
Marcos Goto, coordenador técnico das seleções brasileiras de
ginástica artística feminina e masculina, esteve no Rio acompanhando os
testes e explicou os objetivos e a importância do trabalho desenvolvido
em conjunto, entre a CBG e o COB.
"É um conceito inovador, que viabiliza a avaliação, a orientação e o
controle do treinamento de atletas olímpicos. O foco do trabalho é
fornecer dados científicos para que os treinadores dos clubes possam
tomar as melhores decisões na elaboração dos programas de treinos, com
base a análise de desempenho, diminuindo o risco de lesão e aumentando a
qualidade efetiva dos treinamentos", explicou
O protocolo de avaliações foi dividido em 11 áreas: bioquímica,
médica, clínica, termografia (avaliação postural), ginecologia,
ortopédica, fisioterapia, biomecânica, psicologia, nutricional e
fisiologia. Marcos Goto e sua comissão técnica vão analisar os
resultados das 21 atletas e orientar os treinadores do clubes em ações
específicas, promovendo a melhoria no desempenho de todas, de forma
homogênea e integrada.
Foto: COB
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