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Coluna Lógos Olympikus - A busca da superioridade no esporte

Por Juvenal Dias

Frequentemente dizemos que um atleta é superior a outro ou um time está acima dos demais concorrentes. Essa comparação é pautada pela diferença técnica que cada um apresenta e pelos resultados obtidos em uma sequência de competições e enfrentamentos diretos. Neste último fim de semana pudemos observar alguns exemplos de quem é melhor ou está procurando ser dentro de sua modalidade.

No handebol feminino, que pude acompanhar de perto, o time brasileiro mostra que, pelo menos no continente, é difícil de ser batida. É uma seleção que realmente está alguns degraus acima, demonstraram isso contra o Chile e República Dominicana, adversárias que foram goleadas com extrema facilidade e que representam o nível que o Brasil deve enfrentar na primeira fase do Pan-Americano, que começa no próximo dia 18. Conversando com as jogadoras Duda Amorim, Samira Rocha e Danielle Cristina e com o técnico Sérgio Graciano dá para perceber que todos têm consciência desse favoritismo, apesar de serem receosos ao falar da Argentina, como principal rival e concorrente ao título, já que jogam em casa. A competição dará três vagas para o Mundial no fim do ano e apenas uma tragédia, que beira o impossível, pode tirar as meninas brasileiras da chance de brigar pelo bicampeonato mundial. De qualquer forma, o técnico está trabalhando esse favoritismo e fortalecendo o grupo tática e tecnicamente para concretizar essa solidez no continente, afinal ser campeão dentro de seu continente trará um pouco mais de respeito e confiança lá na frente.

Outras mulheres que nos dão orgulho e buscam novamente a hegemonia é a seleção de vôlei. Bateram a campeã olímpica China e superaram a derrota na primeira fase, vencendo a Alemanha e conquistando o título de Montreux Masters pela sétima vez. É uma equipe renovada que começa trilhar seu caminho em busca do tricampeonato olímpico. Será uma tarefa árdua proporcional ao tamanho da recompensa. Vencer o Grand Prix este mostrará que elas estarão na direção certa para voltar a ser a principal referência no esporte.

Falando em referência, em favoritismo, se você tiver que apostar em um nome que estará no ATP Finals de tênis, em Londres, no fim do ano, aposte em Rafael Nadal. É impressionante o que o espanhol está jogando. Mostrou estar fisicamente recuperado de todas as lesões, mostrou o quanto é monstruoso mentalmente e mostrou que não tem ninguém que se compare a ele jogando do saibro. O décimo título em Roland Garros o coloca em um patamar estratosférico de grandeza. Uma conquista dessa é um feito histórico para ele e para quem pôde assistir. Só o fato de ser o único tenista a ganhar dez vezes o mesmo Grand Slam na era aberta já dá uma dimensão de sua superioridade, mas o fato de não ter perdido um set sequer durante toda a competição mostra que ele é nascido para jogar nesse tipo de terreno. Ele faz uma temporada incrível, é líder disparado no somatório de pontos no ano e segundo no ranking mundial, não é à toa que só é superado por Roger Federer em números totais de Majors na carreira, 18 a 15. Ainda há possibilidade de essa contagem aumentar para os dois com Wimbledon e o US Open.

Por fim, na terra dos homens velozes, um nome reina: Usain Bolt. Se há alguém que não dá para ser contestado é o do jamaicano. Ele iniciou seu tour de despedida das pistas vencendo a prova dos 100m rasos correndo em casa, na mesma pista onde começou a escrever seu nome na história. Por mais que tenha se sentido nervoso e não tenha corrido seu melhor, chama muito a atenção a facilidade que tem para se recuperar durante a prova e vencer com mais de um corpo de vantagem para seus oponentes. Certamente será uma temporada na qual vai desfrutar muito de correr e seus adversários vão respirar mais aliviados sabendo que a disputa deixará de ser apenas pelo segundo lugar.


foto: Christian Hartman/Reuters

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