As
finais do terceiro dia do Troféu Maria Lenk de Natação, que está sendo realizado no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (04), tiveram
dois recordes sul-americanos femininos, com Jhennifer Conceição e Joanna Maranhão,
e sete atletas entre os cinco melhores do mundo nesta temporada: Jhennifer,
Etiene Medeiros, Guilherme Guido, Gabriel Santos, João Gomes Júnior, Felipe
Lima e Leonardo de Deus.
A prova clássica da natação, os 100m livre masculino, foi toda do Pinheiros, com o campeão olímpico Cesar Cielo (48s92) em sua volta às piscinas para ganhar o bronze. O ouro foi para o seu colega de clube Gabriel Santos (48s11) e a prata para Marcelo Chierighini (48s76). Gabriel, que completou 21 anos nesta quinta-feira, fez o terceiro melhor tempo do mundo na temporada. Na frente dele apenas o britânico Duncan Scott (47s90) e o australiano Cameron McEvoy (47s91). No feminino, também houve vitória do Pinheiros, com Manu Lyrio, 54s80, seguida por Daynara de Paula (55s36), do Sesi, e um empate no bronze entre Alessandra Marchioro, da Unisanta, e Graciele Herrmann, do Grêmio Náutico União, ambas com 55s92.
"Foi o terceiro melhor tempo do mundo e no dia do meu aniversário ainda. Agora é só comemorar. Agradecer ao meu clube e a todo mundo. Foi sensacional. Estou vivendo um sonho. O Cesar veio pro clube agora e ele me dá vários toques na parte técnica. Tenho que agradecer muito a ele também. O objetivo é 47s, quase saiu aqui. Vou continuar treinando demais pra, quem sabe, conseguir uma medalha mundial" disse o aniversariante do dia, Gabriel Santos.
Cesar Cielo disse que ficou feliz com o resultado de Gabriel, pois entrou no time do Pinheiros para somar.
"Para ser sincero eu tinha mirado um tempo um pouco mais baixo, mas também é uma prova em que estou tentando fugir desde o início do ano. Minha virada foi muito ruim. Ainda não saiu, mas graças a Deus a parte mais difícil do meu campeonato já passou. Não posso reclamar também com dois meses de treino, mas os 100m é uma prova que exige um pouco mais de treino. O objetivo é fazer 21s nos 50m livre e fazer 23s baixinho nos 50m borbo pra daqui um ano, um ano e meio estar na minha forma total de novo. Fico muito feliz pelo Gabriel ter baixado cinco segundos. Eu queria era isso, estar no time não como alguém que suga, mas para somar. Eu sinto falta da adrenalina pré-prova, da tensão do desafio. É bom estar de volta - disse Cesar.
O recorde sul-americano dos 50m peito (30s81), de Tatiane Sakemi e que já durava desde 2009 foi derrubado por Jhennifer Conceição, do Pinheiros, que bateu na chegada com 30s63. O tempo é o quinto do ranking mundial da prova em 2017. Subiram no pódio com Jhennifer, as argentinas Macarena Ceballos e Julia Sebastian. Macarena, nadando pelo Minas Tênis, fez 30s99, e Julia, pela Unisanta, marcou 31s31.
"Essa era uma marca que eu queria há muito tempo. Minha melhor marca antes era 31s08 e depois o 31s04 das eliminatórias de hoje de manhã. Eu trabalhei muito para baixar dos 31s e estou muito orgulhosa de tudo o que eu fiz até agora" disse Jhennifer.
Entre os homens, João Gomes Júnior, do Pinheiros, bateu o recorde de campeonato pela marca de 26s83. O tempo anterior era de Felipe França, 26s87, de 2012. A marca de João é a segunda do mundo, só perde para os 26s48 do britânico Adam Peaty. O estilo peito, que desde os ciclo dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 é muito forte no Brasil, também colocou a medalha de prata de Felipe Lima, 27s00, agora na quinta posição da lista mundial. Felipe cumpriu a promessa de melhorar o melhor tempo de sua carreira no mesmo dia, após o 27s01 das eliminatórias.
"Já venho há um tempo querendo entrar na casa destes 26s, mas hoje saio feliz desta competição. Creio que sendo convocado para o Mundial, eu vou nadar essa prova lá. Hoje acertei o máximo de coisas que eu podia acertar, mas tem uns detalhes ainda para corrigir e creio que vai melhorar. O ano passado eu fiquei poucos centésimos da medalha mundial e olímpica e isso é o que está me motivando" disse João.
Joanna Maranhão, da Unisanta, foi o segundo recorde continental da noite. Ela nadou os 200m borboleta em 2m09s22 e superou a própria marca feita em 2015, 2m09s38. Giovanna Diamante, do Pinheiros (2m14s13) e Georgina Bardach, do Minas Tênis (2m14s34) vieram em seguida.
"Incrível e é uma competição acumulativa, com muita prova, mas eu tenho um condicionamento muito bom. Sou a primeira a chegar e a última a sair porque eu estou fazendo muita ativação antes de cair n´água e muita recuperação depois. Estou com 31 anos. O carro não é zero, então tem que tomar mais cuidado do que antes. E amanhã é a prova mais dura, os 400m medley. Vou fazer uma recuperação muito grande de manhã pra conseguir nadar tranquila" explicou.
Leonardo de Deus, agora nadando pela Unisanta, vibrou muito por ter finalmente conseguido baixar seu tempo da casa dos 1m55s, nos 200m borboleta.O tempo 1m54s91, o coloca como quarto no ranking mundial do ano. Atrás de Leo vieram o recordista sul-americano da prova, Kaio Márcio Almeida, do Minas, com 1m56s85, e Luiz Altamir Melo, do Pinheiros, com 1m57s15.
"Eu estou muito feliz porque fazia muito tempo em que estava buscando esse tempo de 1m54s. Estou vivendo um ano muito mágico, com muitas coisas boas. Estou muito mais perto dos meus pais, vou casar, mudei de clube. Foram cinco meses de mudanças, mas mudanças muito produtivas na minha carreira. Agora com duas Olimpíadas. Vim de uma Olimpíada frustrante. Esse tempo ficaria entre o quinto e sexto para a final. O objetivo principal era classificar para o Mundial. Eu sabia que eu tinha que fazer um pouco mais pra ficar tranquilo e não depender de abrirem ou não mais vagas. Isso só mostra que estou no caminho certo pra finalmente buscar uma medalha em Tóquio" disse Leo.
Nas provas do estilo costas, tanto Etiene Medeiros quanto Guilherme Guido, os vencedores nos dois gêneros estão bem no ranking mundial. Etiene marcou 27s62, tempo que é o quinto melhor tempo da lista da Federação Internacional. Guilherme Guido, 24s72, é o quarto. Guido disse que está usando a prova de 50m para treinar a passagem mais rápida nos 100m costas, pois não está visando os 50m costas. Seu objetivo a partir de agora são provas olímpicas.
"Eu acho que quando você passa por uma coisa difícil, tem que bolar a melhor estratégia. Então abri mão dos 100m livre. Não me sinto nos meus 100m por cento, mas é uma oportunidade única e tenho que me superar. Tenho que tentar me recuperar pra chegar sábado bem" explicou Etiene.
Foto: Divulgação
A prova clássica da natação, os 100m livre masculino, foi toda do Pinheiros, com o campeão olímpico Cesar Cielo (48s92) em sua volta às piscinas para ganhar o bronze. O ouro foi para o seu colega de clube Gabriel Santos (48s11) e a prata para Marcelo Chierighini (48s76). Gabriel, que completou 21 anos nesta quinta-feira, fez o terceiro melhor tempo do mundo na temporada. Na frente dele apenas o britânico Duncan Scott (47s90) e o australiano Cameron McEvoy (47s91). No feminino, também houve vitória do Pinheiros, com Manu Lyrio, 54s80, seguida por Daynara de Paula (55s36), do Sesi, e um empate no bronze entre Alessandra Marchioro, da Unisanta, e Graciele Herrmann, do Grêmio Náutico União, ambas com 55s92.
"Foi o terceiro melhor tempo do mundo e no dia do meu aniversário ainda. Agora é só comemorar. Agradecer ao meu clube e a todo mundo. Foi sensacional. Estou vivendo um sonho. O Cesar veio pro clube agora e ele me dá vários toques na parte técnica. Tenho que agradecer muito a ele também. O objetivo é 47s, quase saiu aqui. Vou continuar treinando demais pra, quem sabe, conseguir uma medalha mundial" disse o aniversariante do dia, Gabriel Santos.
Cesar Cielo disse que ficou feliz com o resultado de Gabriel, pois entrou no time do Pinheiros para somar.
"Para ser sincero eu tinha mirado um tempo um pouco mais baixo, mas também é uma prova em que estou tentando fugir desde o início do ano. Minha virada foi muito ruim. Ainda não saiu, mas graças a Deus a parte mais difícil do meu campeonato já passou. Não posso reclamar também com dois meses de treino, mas os 100m é uma prova que exige um pouco mais de treino. O objetivo é fazer 21s nos 50m livre e fazer 23s baixinho nos 50m borbo pra daqui um ano, um ano e meio estar na minha forma total de novo. Fico muito feliz pelo Gabriel ter baixado cinco segundos. Eu queria era isso, estar no time não como alguém que suga, mas para somar. Eu sinto falta da adrenalina pré-prova, da tensão do desafio. É bom estar de volta - disse Cesar.
O recorde sul-americano dos 50m peito (30s81), de Tatiane Sakemi e que já durava desde 2009 foi derrubado por Jhennifer Conceição, do Pinheiros, que bateu na chegada com 30s63. O tempo é o quinto do ranking mundial da prova em 2017. Subiram no pódio com Jhennifer, as argentinas Macarena Ceballos e Julia Sebastian. Macarena, nadando pelo Minas Tênis, fez 30s99, e Julia, pela Unisanta, marcou 31s31.
"Essa era uma marca que eu queria há muito tempo. Minha melhor marca antes era 31s08 e depois o 31s04 das eliminatórias de hoje de manhã. Eu trabalhei muito para baixar dos 31s e estou muito orgulhosa de tudo o que eu fiz até agora" disse Jhennifer.
Entre os homens, João Gomes Júnior, do Pinheiros, bateu o recorde de campeonato pela marca de 26s83. O tempo anterior era de Felipe França, 26s87, de 2012. A marca de João é a segunda do mundo, só perde para os 26s48 do britânico Adam Peaty. O estilo peito, que desde os ciclo dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 é muito forte no Brasil, também colocou a medalha de prata de Felipe Lima, 27s00, agora na quinta posição da lista mundial. Felipe cumpriu a promessa de melhorar o melhor tempo de sua carreira no mesmo dia, após o 27s01 das eliminatórias.
"Já venho há um tempo querendo entrar na casa destes 26s, mas hoje saio feliz desta competição. Creio que sendo convocado para o Mundial, eu vou nadar essa prova lá. Hoje acertei o máximo de coisas que eu podia acertar, mas tem uns detalhes ainda para corrigir e creio que vai melhorar. O ano passado eu fiquei poucos centésimos da medalha mundial e olímpica e isso é o que está me motivando" disse João.
Joanna Maranhão, da Unisanta, foi o segundo recorde continental da noite. Ela nadou os 200m borboleta em 2m09s22 e superou a própria marca feita em 2015, 2m09s38. Giovanna Diamante, do Pinheiros (2m14s13) e Georgina Bardach, do Minas Tênis (2m14s34) vieram em seguida.
"Incrível e é uma competição acumulativa, com muita prova, mas eu tenho um condicionamento muito bom. Sou a primeira a chegar e a última a sair porque eu estou fazendo muita ativação antes de cair n´água e muita recuperação depois. Estou com 31 anos. O carro não é zero, então tem que tomar mais cuidado do que antes. E amanhã é a prova mais dura, os 400m medley. Vou fazer uma recuperação muito grande de manhã pra conseguir nadar tranquila" explicou.
Leonardo de Deus, agora nadando pela Unisanta, vibrou muito por ter finalmente conseguido baixar seu tempo da casa dos 1m55s, nos 200m borboleta.O tempo 1m54s91, o coloca como quarto no ranking mundial do ano. Atrás de Leo vieram o recordista sul-americano da prova, Kaio Márcio Almeida, do Minas, com 1m56s85, e Luiz Altamir Melo, do Pinheiros, com 1m57s15.
"Eu estou muito feliz porque fazia muito tempo em que estava buscando esse tempo de 1m54s. Estou vivendo um ano muito mágico, com muitas coisas boas. Estou muito mais perto dos meus pais, vou casar, mudei de clube. Foram cinco meses de mudanças, mas mudanças muito produtivas na minha carreira. Agora com duas Olimpíadas. Vim de uma Olimpíada frustrante. Esse tempo ficaria entre o quinto e sexto para a final. O objetivo principal era classificar para o Mundial. Eu sabia que eu tinha que fazer um pouco mais pra ficar tranquilo e não depender de abrirem ou não mais vagas. Isso só mostra que estou no caminho certo pra finalmente buscar uma medalha em Tóquio" disse Leo.
Nas provas do estilo costas, tanto Etiene Medeiros quanto Guilherme Guido, os vencedores nos dois gêneros estão bem no ranking mundial. Etiene marcou 27s62, tempo que é o quinto melhor tempo da lista da Federação Internacional. Guilherme Guido, 24s72, é o quarto. Guido disse que está usando a prova de 50m para treinar a passagem mais rápida nos 100m costas, pois não está visando os 50m costas. Seu objetivo a partir de agora são provas olímpicas.
"Eu acho que quando você passa por uma coisa difícil, tem que bolar a melhor estratégia. Então abri mão dos 100m livre. Não me sinto nos meus 100m por cento, mas é uma oportunidade única e tenho que me superar. Tenho que tentar me recuperar pra chegar sábado bem" explicou Etiene.
Foto: Divulgação
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