O líbero Thales vivenciou o Centro de Desenvolvimento de Voleibol
(CDV) em toda a sua passagem pelas seleções de base. Estava acostumado
com a casa do vôlei brasileiro. Mas, afirma que a chegada a Saquarema
(RJ) desta vez foi diferente. Convocado pela primeira vez para a seleção
brasileira adulta, o jogador aproveita a chance oferecida pelo técnico
Renan Dal Zotto e quer retribuir a oportunidade de estar entre os 18
relacionados para a Liga Mundial com total dedicação aos treinos.
Encerrada a terceira semana de treinamentos no CDV, Thales já se
prepara para a primeira vez em uma Liga Mundial. A seleção estreia no
dia 2 de junho, em Pesaro, na Itália, contra a Polônia, e o líbero prevê
um nível de competitividade muito alto em sua primeira participação na
equipe adulta do Brasil.
“Imagino que seja uma competição muito mais difícil do que qualquer
outra que já joguei, mesmo tendo disputado um Mundial juvenil muito
competitivo. Mas, acredito que nada se compare. Todas as seleções
importantes estão na Liga Mundial e tenho consciência de que tenho que
treinar muito bem. Tenho muito a melhorar. Fico me imaginando jogando ao
lado desses caras que defendem o Brasil e é como se fosse um sonho”,
afirmou Thales.
A temporada no Lebes/Gedore/Canoas (RS) na Superliga 16/17 com o
atual assistente-técnico da seleção, Marcelo Fronckowiak, foi, segundo o
próprio jogador, fundamental para a convocação. “Me valorizei muito
nesta última temporada. Sempre fui um líbero que passava bem e não
defendia na mesma proporção e o Marcelo me deu toques, dicas de
posicionamento, e ganhei uma liderança maior no aspecto de defesa. Ele
me ajudou em todos os sentidos”, afirmou Thales.
Assim que soube do convite de Renan Dal Zotto a Fronckowiak, o
jogador se animou com a possibilidade de uma convocação, mas preferiu
manter os pés no chão. “O Marcelo ser chamado para a seleção deu uma
esperança maior. Ele me conhece bem. Mas, mesmo assim, não esperava ser
chamado, foi uma surpresa boa. Quando ele foi convocado, tive uma
motivação a mais para, quem sabe, em algum momento ser chamado. É um
começo na seleção adulta”, afirmou Thales.
Aos 28 anos, o líbero é casado com Gabriela e tem uma filha de cinco
anos, Eduarda. Estar longe delas é um sacrifício, mas que Thales tem
encarado de forma positiva. “Essa é a parte difícil. A Gabriela seguiu
comigo, deixando trabalho e estudo, para me ajudar a tentar dar certo
esse meu sonho de ser jogador de vôlei. Agora, ela está bem orgulhosa e
estamos fazendo tudo valer a pena”, afirmou Thales.
Para fazer valer, o jogador tem se dedicado ao extremo. Ao lado de
Tiago Brendle, que já defendeu a seleção brasileira em 2016, o
crescimento tem sido diário. Os dois líberos convocados para a disputa
da Liga Mundial vêm trabalhando juntos e com o melhor clima possível.
“A concorrência em todas as posições e meio de trabalho existe e, na
minha visão, isso ajuda a melhorar. Se não houvesse essa disputa um dos
dois poderia se acomodar e não ia conseguir essa evolução que eu quero
ter. Estou aqui com todo o gás do mundo”, concluiu Thales.
Os 18 convocados pelo técnico Renan Dal Zotto para a Liga Mundial
2017 foram os levantadores Bruninho, Raphael e Murilo Radke; os opostos
Wallace, Evandro e Renan; os centrais Eder, Lucão, Maurício Souza e
Otávio; os ponteiros Lipe, Lucarelli, Maurício Borges, Lucas Lóh,
Douglas e Rodriguinho; e os líberos Tiago Brendle e Thales.
Foto: CBV
0 Comentários