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Brasil fecha o Pan-Americano de Luta com sete medalhas conquistadas

O Brasil fechou a participação no Pan-Americano de Luta, realizado em Lauro de Freitas, com um total de sete medalhas.

Na sexta-feira (5), Joílson Júnior, 19 anos, conquistou a medalha prata na categoria até 66kg. Já Ângelo Moreira até 75kg e Davi Albino até 98kg faturaram a medalha de bronze em suas respectivas categorias. A equipe brasileira do estilo greco-romano terminou a classificação geral em terceiro lugar, atrás de Cuba, segundo lugar  e dos Estados Unidos, campeões do tradicional estilo.

“Para um primeiro campeonato na categoria sênior (adulto), acho que a prata foi um bom resultado. Lutei tranquilo e me senti bem em todas as lutas. Davi e Ângelo também medalharam e conseguimos ficar em terceiro lugar por equipes. Ainda temos muitas competições até Tóquio-2020, mas começar a primeira competição do ano pódio mostra que estamos no caminho certo”, explicou Joílson, natural de Niterói, município do Rio de Janeiro.

Joílson Júnior venceu os dois primeiros confrontos contra o equatoriano José Betancourt ( 5 x 0) e depois Gorge Batis (10 a 1 ).  Na final, o brasileiro enfrentou Miguel Palacios, representante cubano nos Jogos Olímpicos do Rio na categoria, que venceu por superioridade técnica (8 a 0) e  garantiu o bicampeonato pan-americano.

Já Davi Albino venceu a primeira luta por encostamento sobre Oscar Loango, mas caiu na semifinal contra o venezuelano Luillys Mora (8 a 0). Davi disputou a medalha de bronze e venceu por superioridade técnica (8 a 0), o guatemalteco Lester Calderon. A medalha de ouro ficou com o vice-campeão olímpico e agora tetracampeão pan-americano Yasmani Lugo, de Cuba.

Já Ângelo Moreira não conseguiu superar o mexicano Juan Escobar (0 a 8) na semifinal, mas voltou para disputa do terceiro lugar em grande estilo.  O brasileiro aplicou uma queda de cinco pontos, quando o atleta consegue projetar o rival de costas no solo com um arco perfeito. O golpe abriu caminho para vitória por 8 a 0 sobre o dominicano Carlos Palmer e arrancou aplausos dos torcedores.
“Foi a técnica mais bonita que realizei em uma competição de nível internacional. Fiquei muito feliz com essa medalha e gostaria de agradecer aos meus companheiros de treinos, os treinadores Flávio Cabral, Felipe Macedo e Angel Torres Aldama e dedicar este bronze para minha mãe Edna e para minha namorada Tamires pela conquista. A equipe como um todo fez uma boa competição e isso mostra que  vale a pena treinar todos os feriados e finais de semana”, concluiu Ângelo Moreira, que pela primeira vez medalhou na atual categoria.

No sábado (6), foi a vez da Luta feminina trazer medalhas para o país. Aline Silva e Dailane Reis ficaram com a medalha de prata até 75kg e 69kg, respectivamente. Já Caroline Soares, até 48kg, garantiu o bronze.

“A competição agora vale pontos para o ranking mundial e para a definição de cabeça de chave do Mundial. Então, os países mandaram os melhores atletas para o torneio. Começar o ano no pódio na primeira competição internacional é sempre motivo de comemoração. O caminho para Tóquio está apenas começando”, explicou Aline Silva, vice-campeã mundial em 2014 e nono lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de janeiro, superada apenas pela canadense Justina Di Stasio, vencedora da medalha de ouro.

Dailane Reis também sentiu um sabor especial com a conquista da medalha de prata. Natural de Maricá, município do Rio de Janeiro, Dailane mudou de categoria para este novo ciclo, subiu de 63kg para 69kg. A brasileira venceu as duas primeiras lutas,10 a 0 sobre a colombiana Mildrey Londono e no desempate após 8 a 8 contra a venezuelana Maria Acosta. Dailane parou apenas na canadense Olivia Di Bacco. que a venceu por superioridade técnica, placar final em 10 a 0.

Caroline Soares estreou como nova titular da categoria até 48kg e no pódio. A carioca caiu na semifinal contra norte-americana. No entanto, Caroline não se abateu e mesmo em desvantagem após o primeiro round, virou o placar em 10 a 8. Graças ao importante conselho dos treinadores Pedro Garcia e Angel Torres Aldama nos trinta segundos de intervalo entre um round e outro, primordiais para virada da brasileira na competição.

“Terminei o primeiro round perdendo de 8 a 5. Pedro e Angel me disseram para continuar com as entradas de braço e defendesse as tentativas de catada de perna. Segui exatamente o que eles me falaram, consegui virar o placar e ficar com a medalha de bronze. Gostaria de agradecer muito minhas companheiras de treino, sem elas treinando e me ajudando todo dia não seria possível conquistar essa medalha”, agradeceu Caroline Soares.

No último dia, realizado no domingo (7), David Moreira conquistou a medalha na categoria até 61kg. O Brasil não subia ao pódio no estilo livre masculino desde 2011, quando Antoine Jaoude ficou com o bronze na edição realizada em Rio Negro (COL).

O segundo lugar de David foi sétima medalha do país no Pan 2017. David fez questão de dedicar a medalha ao Amazonas, seu estado Natal.

“É muito gratificante representar o Brasil e também meu estado do Amazonas. Ainda mais em um torneio como este com campeões olímpicos e medalhistas em Jogos Pan-americanos mostra como o esporte vem evoluindo. Gostaria de agradecer ao eu treinador Dagoberto Arbolaez, aos meu companheiros de treino e a todos que torceram por mim. Ruma a Tóquio” comemorou David Moreira, de apenas 19 anos, e fruto do forte trabalho realizado em Manaus.

Em sua luta de estreia, Davi venceu por 14 a 8, o chileno Yerson Buitrago. Já na semifinal, David bateu o dominicano Tommy Sanchez por 19 a 15. Na final, o brasileiro acabou superado por superioridade técnica (10 a 0) pelo cubano Dabian Quintana. Lincoln Messias até 70kg e Felipe Oliveira até 97kg ficaram com quinta colocação. Os atletas brasileiros se preparam agora para o Campeonato Mundial, em agosto, Paris, capital da França, principal torneio do segundo semestre.

Outro destaque do dia foi o norte-americano Kyle Snyder, campeão olímpico, mundial, dos Jogos Pan-americanos e agora do Pan-americano. Snyder não levou sofreu nenhum ponto e venceu as três lutas que disputou por superioridade técnica (10 a 0). A primeira contra o brasileiro Felipe Oliveira, a segunda contra o canadense Nishan Randhawa e a final contra o dominicano Luiz Peres Sosa.

“A competição estava bem disputada e cada vez mais importante. Agora, cada medalha soma ponto para o ranking do Campeonato Mundial. É a terceira vez que venho ao Brasil e foram três conquistas de ouro, é sempre especial lutar aqui”, explicou o norte-americano, ouro na Copa Brasil Internacional de Contagem  em 2015 e, primeiro lugar nos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Foto: Mayara Ananias


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