As estrelas da natação paralímpica brasileira
dividiram, no sábado, 22, a piscina do Centro de Treinamento
Paralímpico, em São Paulo, na Superfinal dos 100m livre masculino no
Open Internacional Paralímpico. A prova multiclasse contou com seis
medalhistas dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, entre eles Daniel Dias,
Phelipe Rodrigues e Andre Brasil. O trio, aliás, formou o pódio da
disputa, decidida pelo índice técnico da competição (ITC), com Daniel em
primeiro, Phelipe em segundo e Andre em terceiro.
Além
dos três, ainda estavam na final os medalhistas no Rio 2016 Carlos
Farrenberg (classe S13), Ruiter Silva (S9) e Matheus Rheine (S11),
acompanhados de Vanilton Nascimento (S9) e Gabriel Souza (S8), que
competiram no Rio mas não levaram medalha. Somadas as conquistas nesta
prova, eram 20 medalhas só dos Jogos Rio 2016.
Campeão
da prova, o multimedalhista Daniel Dias, classe S5, aprovou a disputa. O
nadador acredita que o formato mostra de forma clara o que é o esporte
paralímpico, com atletas de classes diferentes e com deficiências
diferentes umas das outras.
"Acho
legal esse sistema. Quem está assistindo acaba vendo vários nadadores
com deficiências e classes diferentes. E essa, em particular, com seis
medalhistas dos Jogos do Rio, foi muito boa. É legal nadar em uma prova
com atletas vitoriosos. A gente sabe que não é quem bate primeiro que
necessariamente será o campeão, então todos os nadadores competem contra
eles mesmos. Em um esporte individual como a natação, a disputa assim
fica mais individual ainda. Gostei dessa final e achei importante
adotarmos esse sistema", disse Daniel.
Quem
também teve motivo para comemorar na manhã deste sábado foi Felipe
Cantran, classe S14. O nadador foi campeão dos 100m borboleta da
Superfinal com uma marca de 1min00s80, marca que garantiu o atleta no
Mundial de natação, na Cidade do México, em outubro.
Durante
as provas da tarde, outros seis nadadores alcançaram índices mínimos
para a competição em solo mexicano. Talisson Glock (S6), Ítalo Gomes
(S7), Raquel Viel (S12), Edênia Garcia (S3), Joana Neves (S5) e Matheus
Rheine (S11) se habilitaram a compor a Seleção em outubro. Talisson
chegou à vaga ao completar os 100m costas S6 em 1min18s16; Ítalo, nos
100m costas com 1min13s05; Raquel, nos 100m costas com 1min17s26;
Edênia, nos 50m costas com 59s24; Joana, nos 50m livre com 38s99; e
Matheus, nos 400m com 4min50s51.
A
tarde também teve recorde das Américas para duas nadadoras brasileiras.
Edênia, além de alcançar o índice nos 50m costas S3, ainda estabeleceu a
melhor marca do continente. A outra brasileira que agora é a mais
rápida das Américas é Cecília Araújo. A nadadora já havia alcançado a
marca mínima para o Mundial na sexta-feira, e hoje quebrou o recorde
continental dos 50m livre S8 ao completar a distância em 31s10, marca
apenas três centésimos mais rápido que o antigo recorde.
Foto: CPB
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