O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Facchin determinou a abertura de inquérito contra ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo. Segundo informações do inquérito, divulgado pelo jornal 'Estado de S.Paulo', Paes recebeu R$ 16 milhões de propina da Odebrecht.
O inquérito vai investigar os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas, com base nas delações premiadas de três executivos da construtora: Leandro Andrade Azevedo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Eduardo da Rocha Soares.
Benedicto Barbosa, o homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, disse que o prefeito, apelidado de “Nervosinho” nas planilhas, recebeu mais de R$ 15 milhões “ante seu interesse na facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016”. Da transação, realizada em 2012, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões, meio de contas no exterior. Paes também teria intermediado 300 mil reais para o caixa 2 da campanha de Pedro Paulo para deputado em 2014,
Em nota, Eduardo Paes afirma que é "absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos. Ele nega veementemente que tenha aceitado propina para facilitar ou beneficiar os interesses da empresa Odebrecht. E reitera que jamais aceitou qualquer contrapartida, de qualquer natureza, pela realização de obras ou projetos conduzidos no seu governo. Paes ressalta que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral."
Procurada pelo Estadão, a assessoria de imprensa do deputado federal Pedro Paulo ainda não se manifestou.
foto: Getty Images
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