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Coluna Lógos Olympikus - A esperança vem do mesmo lugar

Por Juvenal Dias

Certamente alguém já te perguntou ou você mesmo se questionou: como você se vê daqui cinco anos? E sua resposta vai ser em um tom otimista: “Vou ingressar numa faculdade, concluir minha pós, estarei casado(a), filhos, vou conseguir minha aposentadoria”, certo? E se eu te perguntar como você vê o esporte brasileiro daqui três anos? Você pensaria com o mesmo otimismo ou teria uma perspectiva mais negativa?

Se sua resposta for a segunda alternativa, não te culpo. Tudo o que temos visto em termos de notícias do desporto olímpico nacional já reportadas aqui nesta coluna e em tantas notas do Surto Olímpico não são boas, não favorecem um pensamento melhor. Mas o que move o ser humano, principalmente, nós brasileiros é a esperança de uma melhora. No caso olímpico, devemos nos apegar àqueles que já são vitoriosos e motivos de orgulho.

Caso me perguntassem sobre quem eu esperaria alguma coisa, diria para torcermos por aquelas modalidades que já são tradicionais de conquistas: judô, que é o carro-chefe de medalhas e já começam o ciclo com bons resultados (foto), vela, vôlei de quadra e de areia e ginástica artística são modalidades que têm um trabalho consolidado, bem feito e parecem não ser afetadas com o que está ocorrendo no panorama geral, depois vem outras como tênis nas duplas, handebol feminino, luta olímpica, salto com vara, canoagem, maratona aquática.

É difícil fazer um prognóstico, projetar mais medalhas do que a média dos últimos Jogos Olímpicos de um número em torno de 14 conquistas. Teremos muitos campeonatos mundiais e outras competições importantes para observar. Como ainda estamos no início, há tempo para que despontem novos talentos e alguém surpreenda.

Continuando na linha mais otimista, devemos acreditar que a situação do país como um todo vai melhorar aos poucos. Com isso, empresas devem se animar em financiar esportes e atletas de ponta e campeões surjam em outras modalidades.

Mesmo assim, o sonho de ser uma potência olímpica permanecerá distante. Enquanto não houver a mentalidade de investir em modalidades como esgrima, levantamento de peso, badminton, tênis de mesa, atletismo, a natação e outros esportes aquáticos, lutas como boxe e taekwondo, que são esportes que trazem grande número de medalhas, teremos que nos contentar com essa estimativa e uma colocação no bloco do meio do ranking mundial.

O que pode melhorar essa contagem é os novos esportes que farão parte dos Jogos a partir de Tóquio-2020. Surfe e skate nos trazem mais esperança. O fato de termos campeões nas pranchas com quilhas e sobre rodas nos fazem acreditar em conquistas inéditas. O caratê também pode ser uma surpresa, arte marcial em geral é algo que atrai o brasileiro. Devemos ficar de olho em Gabriel Medina, Adriano Souza, toda a Brazilian Storm das águas, Pedro Barros, Mineirinho e a molecada que compete nos Bowls e rampas da vida.

Dias melhores por vir, é o que podemos esperar no esporte e na situação político-econômica do país.


foto: Divulgação

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