Por Enrico Olaia
Atualmente o Polo Aquático do Brasil está passando pelo maior problema de sua história. Estamos em um momento onde a Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA) que está brigada com praticamente todos os clubes do Brasil e que por sua vez criaram uma liga independente. Clubes tradicionais como Esporte Clube Pinheiros, Clube Paineiras do Morumbi e Clube Atlético Paulistano vem sofrendo com a falta de apoio monetário. Uma das maiores provas disso é que até mesmo outros campos onde a CBDA é a Confederação máxima do esporte como por exemplo a natação, também sofrem com a dita “falta de dinheiro”, atletas que não fazem parte das seleções de base do polo aquático deixaram de receber o bolsa atleta e militantes de alguns clubes foram mandados embora.
Hoje em dia somente 2 clubes ainda são “filiados” a CBDA, são eles: ABDA e Botafogo. O primeiro se localiza na cidade de Bauru (interior de São Paulo) e mesmo sendo um clube recente em comparação aos outros, atualmente dentro do Campeonato Paulista já domina boa parte das categorias de base no masculino e feminino.
O Botafogo é um clube mais tradicional do Rio de Janeiro, o time adulto a alguns anos foi campeão brasileiro e durante o ciclo olímpico abrigou diversos jogadores que fizeram parte da seleção brasileira na RIO 2016. A geração nascida em 2000 para cima (2001, 2002 em diante...), foi altamente prejudicada por conta desse racha, o último campeonato dessa categoria foi o Sulamericano sub16, onde os jogadores chamados eram somente dos clubes que ainda estão junto com a Confederação.
Foram campeões, mas o nível da América do Sul não pode ser usado como parâmetro pois o Brasil é disparado o país mais evoluído do esporte. O problema maior foi que jogadores dessa categoria que jogam até na equipe adulta de seus clubes nem sequer foram lembrados.
A briga é muito complicado e já está rolando a muito tempo. Aparentemente não teremos uma solução boa para os dois lados em um tempo curto.
Enquanto não resolvermos o problema, vários atletas se perderam durante um tempo “obscuro” para pos atletas. Mesmo com uma liga própria dos clubes, a experiência de viajar e jogar contra outras seleções é fundamental para o desenvolvimento não só do atleta mas sim para o restante da vida.
Texto feito por um atleta que convive no meio desse racha político.
Enrico Olaia, 15 anos
*As opiniões emitidas neste artigo não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do site Surto Olímpico, sendo de responsabilidade de seu autor.
*As opiniões emitidas neste artigo não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do site Surto Olímpico, sendo de responsabilidade de seu autor.
0 Comentários