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Sebastian Coe planeja reforma na IAAF e não descarta a presença da Rússia no mundial de 2017

Presidente da IAAF, o britânico Sebastian Coe tem a difícil missão de resgatar o atletismo após o escândalo de doping da Rússia no esporte, que fez a IAAF banir todos os atletas do país nos jogos Rio 2016. Há pouco mais de um ano no comando da entidade, Coe comandará uma reforma na gestão da modalidade com o pacote de propostas “Tempo de Mudança” (Time for Change), que tem como principal ponto a criação de uma unidade independente de integridade. Um novo cenário ao qual a Rússia precisará se adaptar para ter sua suspensão cancelada e  participar do mundial de atletismo em 2017, em Londres.

"Não sei a resposta se acredito que a Rússia estará no Mundial, mas espero que esse seja o caso. Se for o caso é porque tivemos progresso. A Rússia deixou claro que sua ambição é voltar à família (do atletismo), voltar à família com segurança e ciente de que todos os atletas estão limpos, com confiança de que os atletas russos estão sob o mesmo sistema antidoping" afirmou Coe ao site globoesporte.com

Para o atletismo russo retornar às competições internacionais e disputar o Mundial de Londres, entre 5 e 13 de agosto, a Federação Russa de Atletismo (Araf) terá de se enquadrar no cenário de reforma que Sebastian Coe espera iniciar em 2017. O pacote de propostas, que vinha sendo preparado desde fevereiro por um grupo independente de trabalho, busca aprovação do Congresso da IAAF na reunião especial de dezembro, em Mônaco.

"O ponto central da reforma é a criação de uma unidade de integridade, que vai olhar para nossos principais problemas de uma maneira diferente, mais independente da organização, mais independente de interesses nacionais, que causou problemas particularmente na Rússia (suspensa por causa do escândalo de doping institucionalizado no país). Essa unidade de integridade vai garantir que aceleramos o processo. Muitas pessoas da mídia não entendem o que foi feito no último ano. Precisamos fazer isso de uma maneira construtiva, então a unidade de integridade, que é um comitê independente de disciplina, o novo tribunal e a comissão supervisora são os elementos-chave"  explicou Sebastian Coe, que vai perder poderes como presidente, ficando impossibilitado de tomar grandes decisões sozinho.

Com a reforma, o britânico espera combater a corrupção e o doping para resgatar a confiança de investidores e fãs no atletismo, abalada após o escândalo russo, com a conivência do ex-presidente da IAAF, o senegalês Lamine Diack - Coe era vice-presidente na época, mas não foi acusado de cumplicidade. As propostas se fundamentam sobre quatro pilares: buscar novos parceiros e fãs; igualar condições e processos entre países (especialmente o controle antidoping); promover a ética dos dirigentes; e empoderar atletas.

Se a reforma for aprovada pelo Congresso da IAAF em dezembro, a unidade de integridade e o novo tribunal disciplinar devem começar a atuar em abril de 2017, assim como um novo código de ética. Por outro lado, as mudanças nos poderes do presidente e do Conselho da IAAF já mudam no dia 1º de janeiro.


foto: Getty Images

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