Alaor Azevedo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa e,
atualmente, principal opositor à diretoria do Comitê Olímpico do Brasil,
compareceu na terça-feira (4) ao pleito do COB - que
decretou mais um mandato a Carlos Arthur Nuzman - e demonstrou todo o
descontentamento com o momento pelo qual passa o esporte nacional. Em
eleição com chapa única, Alaor Azevedo votou contra e fez questão de
ressaltar que não foi apenas ele que não corroborou com o procedimento
adotado pela entidade.
"Foram três abstenções e um voto nulo, além do meu contra. Isso mostra
que há uma insatisfação e que havia o medo em se opor ao Nuzman antes.
Em mais de 100 anos de história do COB, foi um dos presidentes eleitos
com o menor número de votos (24)", disse ele, que completou:
"Eu vim porque tinha de votar, era importante eu estar aqui apesar de ser oposição, porque isso é democracia".
Alaor Azevedo ainda luta na Justiça para que o processo eleitoral seja
revisado e ele possa inscrever chapa. O presidente da CBTM entrou com
uma ação contestando o prazo previsto no estatuto do Comitê Olímpico do
Brasil para que os interessados inscrevam a chapa - cerca de oito meses
antes da votação. Uma liminar a favor de Alaor Azevedo chegou a ser
deferida em primeira e segunda instância, porém, posteriormente, o
desembargador voltou atrás e Alaor se viu impedido de concorrer.
O processo voltou ao juiz da primeira instância, que abriu prazo para
apresentação de provas, que encerrou-se na última sexta-feira (30).
Agora, tudo será analisado, e a eleição pode até mesmo ser anulada,
havendo a necessidade de novo pleito.
Alaor, que já tem um plano estratégico e uma plataforma de melhorias
para a entidade máxima do esporte brasileiro, criou um portal em que
todas as suas ideias para o COB foram divulgados, cujo nome é Muda COB.
Para acessar o site, clique aqui. Além disso, uma reunião com outras
confederaçõs já foi marcada para discutir pontos importantes de todo o
processo e será realizada na semana que vem.
Foto: CBTM
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