O novo diretor executivo do COB, o ex-corredor Agberto Guimarães que foi anunciado após a eleição de Carlos Arthur Nuzman como presidente do COB por mais quatro anos, tem metas ambiciosas para o próximo ciclo olímpico em Tóquio 2020. Ele espera que o Brasil melhore o décimo terceiro lugar conquistado no Rio de Janeiro, mesmo com a redução nos recursos para os esportes.
"Não existe atleta sem objetivo. Quero competir bem e transformar essa participação de finalistas em medalhas, de medalhistas de bronze para prata e ouro, e assim por diante. Ter um desempenho melhor. É o que nós queremos. Se não não faz o menor sentido nos trabalharmos. Essa avaliação que se foi abaixo ou acima da meta, bom ou ruim, eu deixo para vocês (jornalistas). Quero que vocês façam a avaliação daqui a três anos no Pan e a quatro, em Tóquio. Até lá vamos fornecer informações sobre o que estamos fazendo. Nós vamos montar "X" training camps com tantos atletas com objetivo A, B ou C. A partir daí começamos a medir o desempenho. Usar uma competição como teste para saber se o treinamento está alinhado ou não. Ali eu faço o ajuste para ir para frente até chegar em uma competição importante para ser finalista ou medalhista" disse Guimarães em entrevista coletiva.
Nos primeiros meses o diretor vai procurar os gerentes de cada esporte para saber o que foi feito enquanto ele esteve ausente e o que está sendo planejado para 2020. Guimarães diz não estar preocupado com a redução dos recursos em um ano pós-olímpico e de Jogos em casa, que terá dentre os feitos práticos a saída de treinadores estrangeiros. "Isso é normal em qualquer edição dos Jogos. O país sede sempre tem menos recursos. Você deixa de ter os recursos dos patrocinadores do COI, que faz parte de um pacote, e vai prospectar com o seu próprio material, que são os atletas, eventos e confederações. Mas a principal é entender o trabalho que estava sendo feito, o processo de gestão com os atletas e modalidades. O resultado dos atletas e equipes passa por isso" .
Agberto, de 59 anos, como atleta foi quarto lugar nos 800m nos Jogos de Moscou-1980 e teve como maior rival nas pistas, Joaquim Cruz. Ele substitui Marcus Vinícius Freire, que esteve no cargo por 20 anos.
Foto: Heitor Vilela/ COB
0 Comentários