Próxima cidade a organizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Tóquio
pretende confeccionar as medalhas do evento a partir da reciclagem de
materiais preciosos encontrados no lixo eletrônico do Japão. A ideia é
aproveitar materiais descartados como aparelhos de telefone celulares.
Em Londres 2012, foram necessários 9,6kg de ouro, 1.210kg de prata e
700kg de bronze para produzir as medalhas. Em uma comparação, o Japão
recuperou em 2014 de materiais descartados 143kg de ouro, 1.566kg de
prata e 1,11 toneladas de bronze, números que seriam suficientes para a
confecção das medalhas.
A ideia foi discutida em junho deste ano em um encontro em Tóquio que
reuniu integrantes do Comitê Organizador para os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2020, o Ministério do Meio-Ambiente japonês e o governo
metropolitano da cidade, assim como executivos de empresas de telefonia,
de metais preciosos e empresas de reciclagem.
Rio 2016 também usou material reciclado
A edição brasileira dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos requisitou a
produção de um total de 5.130 medalhas, sendo 2.488 olímpicas e 2.642
paralímpicas. A responsável pela produção foi a Casa da Moeda, que
utilizou mais de 30% de prata e bronze reciclados no processo, além de
ouro sem mercúrio.
As fitas das medalhas foram tecidas, em média, com 50% de fios PET,
também reciclados. Já os insumos dos produtos provenientes de madeira,
como certificados, estojos e diplomas, têm a certificação Forest Stewardship Council (FSC), que garante a origem como sendo de áreas de manejo ambiental sustentável e socialmente responsável.
Foto: Divulgação
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