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Diretor do Ministério da Defesa nega que continência no pódio seja marketing

Com os atletas militares sendo responsáveis por treze das dezenove medalhas do Brasil nos Jogos Rio 2016, o que mais vimos foi o gesto da continência destes atletas na hora do hino nacional. Algo que já tinha chamado a atenção no Pan de Toronto em 2015 e que segundo o vice-Almirante Paulo Zuccaro, diretor do Ministério da Defesa, não é marketing para promover as forças armadas:

"Nosso programa nunca teve uma finalidade de marketing, de ser usado para aumentar o prestigio das Forças Armadas junto à sociedade. Até porque esse prestígio já é alto há muito tempo. Quanto a essa questão da continência, começou nos Jogos Pan-Americanos e foi espontâneo, não obrigamos o atleta a prestar a continência, que é uma saudação militar. Deixamos à vontade. Como podemos observar, nos Jogos Olímpicos praticamente todos fizeram. Espontaneamente" - Explicou Zuccaro em audiência pública na câmara dos deputados na última terça-feira (4).

A continência no pódio provocou polêmica por ser considerada por alguns uma manifestação política, o que é proibido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) durante os Jogos. A judoca Rafaela Silva, por exemplo, militar da Marinha, admitiu que evitou prestar a continência ao receber sua medalha de ouro no Rio por medo de sofrer alguma punição. "Disseram que a Rafaela não fez porque temeu algum tipo de questionamento do COI por ser um gesto político, mas muito pelo contrário. O fato de ser uma continência militar é, por definição, um gesto não político, mas sim de respeito ao símbolo nacional que está sendo exibido naquele momento." Explicou Zuccaro

E Segundo Zuccaro, as Forças Armadas continuarão a deixar a decisão de prestar ou não continência no pódio para os atletas, mas admitiu que os militares gostam quando a continência é feita em grandes competições: Pretendemos manter esse assunto exatamente como vem sendo conduzido: um gesto que tem seu caráter totalmente espontâneo e sempre no sentido de representar o respeito que o atleta militar tem ao seu país. É lógico que nós, como militares, ficamos muito honrados ao vermos um atleta no pódio fazendo uma saudação militar. Mas insisto que isso não é um programa de marketing. Acaba sendo natural. Não há necessidade de pedir. Quando eles entram no programa, são submetidos a um estágio de formação, um treinamento. Vão sendo consolidados os valores militares e isso acaba ocorrendo de forma natural.


Foto: Getty Images 

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