No último dia de Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, o ministro do
Esporte, Leonardo Picciani, realizou um balanço, durante coletiva de
imprensa no domingo (18) no Rio Media Center, na
capital fluminense, da participação dos atletas brasileiros. Ele
anunciou que a pasta contará no próximo ano com mais recursos para
aplicar em programas sociais e de alto rendimento. “Tivemos um sucesso
extraordinário na realização dos Jogos Paralímpicos. Gostaria de
agradecer aos atletas que tiveram uma participação incrível e nos
encheram de orgulho e motivação”, disse Picciani.
Para o ministro, chegou o momento de iniciar a preparação do novo
ciclo, visando aos Jogos de Tóquio. “Encerramos os Jogos Rio 2016 com a
certeza de que o Brasil fez uma belíssima campanha, tanto nos Jogos
Olímpicos quanto nos Paralímpicos. Foi uma participação extraordinária
dos atletas nacionais. Vamos agora voltar as atenções para o ciclo de
Tóquio 2020, onde teremos a possibilidade de usar a infraestrutura de
legado olímpico, aqui no Rio e em outras cidades do país, como no Centro
Paralímpico Brasileiro, em São Paulo”, contou o ministro do Esporte.
Picciani ressaltou também que o esporte paralímpico segue como uma
das prioridades. “O presidente Michel Temer tem a todo momento nos
orientado a tratar com toda a prioridade o esporte paralímpico.
Atualmente, o governo federal é o maior parceiro do esporte paralímpico,
seja por meio do Ministério do Esporte, das Loterias Caixa ou da Lei
Piva.”
O esporte de alto rendimento, por meio da preparação dos atletas e o
cuidado com o legado olímpico, a iniciação esportiva e os programas
sociais serão as prioridades da pasta, segundo o ministro. “Serão duas
prioridades do Ministério do Esporte. A primeira será a preparação dos
atletas. Manteremos os programas que vêm dando certo, como Bolsa Atleta,
Bolsa Pódio e a parceira com as Forças Armadas. A segunda será o
esporte como inclusão social e esporte educacional. Essa era uma área do
ministério que teve pouca ênfase nos últimos anos. Retomaremos por
entender que não existe esporte de alto rendimento sem o esporte de
base”, anunciou.
Desempenho do Brasil
O Brasil teve a maior delegação da história nos Jogos Paralímpicos,
com 286 atletas que disputaram 22 modalidades. Foram 72 medalhas
conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 de ouro, 29 pratas e 29
bronzes, além de 99 finais disputadas. Todos os medalhistas do Brasil
recebem o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do
Esporte.
“Nós tivemos 32 medalhas inéditas em provas, classes e modalidades
novas, como canoagem e ciclismo. Tivemos também conquistas inéditas no
halterofilismo e no voleibol sentado”, disse o ministro.
Sobre a meta de desempenho da delegação nacional, o ministro
reafirmou que a análise do governo vai além das conquistas de medalhas.
“Desde que assumi a pasta no dia 12 de maio, o Ministério do Esporte
adota o critério de avaliar a evolução do Brasil nos Jogos. A exemplo do
que ocorreu nos Jogos Olímpicos, no Paralímpico tivemos uma
extraordinária evolução, passamos de 43 medalhas para 72. E quase
dobramos o número de finais”, afirmou o ministro.
Orçamento
Sobre o orçamento do ministério, Leonardo Picciani detalhou que o
governo não vai precisar construir novamente centros de treinamentos em
todas as regiões do país, pois já estão concluídos. “Nós não vamos
precisar construir novas instalações, mas manter funcionando as que
existem. O orçamento discricionário do Ministério do Esporte para o
próximo ano é maior do que para este ano. Ele está indo de R$ 505
milhões para R$ 656 milhões. Ou seja, um acréscimo de 30%. Os programas
da pasta serão mantidos e ampliados, porque os recursos foram ampliados.
A redução do valor total se deve a não manutenção de rubricas de
construção de equipamentos olímpicos”, completou.
Foto: Brasil 2016
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