O irlandês Kevin James Mallon esteve na segunda-feira (5) na Cidade da Polícia (Cidpol) para prestar depoimento ao Núcleo de Apoio aos Grandes Eventos, que conduz uma investigação sobre a venda ilegal de ingressos na Rio 2016. Ele fez uso do direito de ficar calado e não respondeu às perguntas feitas pela polícia.
Segundo o delegado Ricardo Barboza, a apuração do caso não está afetada. De acordo com ele, a polícia tem outros dados que comprovam o cometimento dos crimes. O delegado informou que o inquérito sobre o caso ficará pronto na quinta-feira (8) e será encaminhado à Justiça.
"Isso não atrapalha porque a polícia tem outros meios de prova. Provas testemunhais, documentais, análise de material apreendido. O fato dele não ter falado, não invalida e não dificulta esse outro material recolhido", disse Barboza.
Mallon chegou a ser preso e levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, mas conseguiu uma ordem de soltura através do Tribunal de Justiça do Rio e deixou a prisão no sábado (27). O irlandês está com o passaporte retido e impedido de deixar o país.
Kevin Mallon foi indiciado por facilitação de cambismo, associação criminosa e marketing de emboscada. Assim como ele, o ex-presidente do Comitê Olímpico Irlandês, Patrick Hickey, que responde pelos mesmos crimes, deverá ouvido pela polícia na terça-feira (6).
A Polícia Civil já notificou a Interpol sobre o caso. Além dos dois irlandeses indiciados, outras sete pessoas são investigadas e consideradas foragidas por estarem fora do país.
0 Comentários