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Cerimônia de abertura paralímpica Rio 2016 emociona com simplicidade e pedidos de inclusão

Com uma mensagem de um mundo mais inclusivo para todas as pessoas e seguindo a ideia da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos, usando mais a criatividade , talvez por causa do orçamento apertado,os Jogos Paralímpicos Rio 2016 foram abertos ontem(7) no Maracanã, com uma festa emocionante e honesta.

A cerimônia começou com um vídeo do presidente da IPC, Philip Craven com o voo cabncelado tendo que vir ao Rio de Janeiro de cadeira de rodas, passando por vários estados brasileiros. Uma contagem regressiva com números gigantes apresentou problemas antes do início oficial da festa, aberta com um salto radical do cadeirante Aaron Wheelz, em uma imensa rampa montada no estádio. Uma roda de samba formada por ícones como Monarco, Pretinho da Serrinha, Diogo Nogueira e Maria Rita, cercada por sambistas cadeirantes, animou o público logo de cara.

Depois o gramado do maracanã virou uma piscina virtual, onde Daniel Dias apareceu nadando em uma projeção. Depois a piscina virou praia, local mais democrático do Rio de Janeiro, com homenagens aos vendedores ambulantes e ao funk carioca. No fim o tradicional aplauso ao pôr do sol do Arpoador.

Após, um momento de grande emoção com o maestro João Carlos Martins tocando o hino nacional ao piano e os guarda-sóis  se abriram e formaram a bandeira nacional. Logo em seguida, veio a parada das nações com os 176 países participantes, com o Brasil fechando a parada com muita alegria, ao som de Gonzaguinha e com a apresentadora Fernanda Lima entregando a Vic Muniz, um dos diretores artísticos da festa a última peça do quebra cabeça montado que deu o tema da festa 'todo mundo tem um coração" com um coração estilizado com o sangue pulsando para todos os países.

Logo após foi a vez do discurso de Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê Rio 2016 e de Phillip Craven presidente do IPC, que arrancou muitos aplausos ao chamar o maracanã de 'Maraca' apelido carinhoso do estádio. Ao fim do discurso, Craven passou a palavra para o presidente michel Temer abrir os jogos Paralímpicos, que foi recebido com uma sonora vaia, abafada logo em pelos fogos que sucederam a fala de Temer.

Logo após, vultos de pessoas com guias luminosas passaram a se movimentar, repetindo os gestos de deficientes visuais. As projeções seguiram, lembrando as modalidades dos Jogos. Depois, coreógrafos carregaram placas e formaram os "agitos", símbolo do movimento paralímpico, que ganharam as cores verde, azul e vermelho.Em seguida, um dos mais belos momentos da noite. Crianças com deficiência física, puderam andar, acompanhadas por seus pais,usando uma bota dupla carregaram a bandeira paralímpica, sendo aplaudidos de pé. Depois, os juramentos. Nadador paralímpico, Phelipe Rodrigues falou em nome de todos os atletas que participam dos Jogos, enquanto Raquel Daffre representou os árbitros e Amaury Veríssimo, os técnicos. 

Uma das estrelas da noite, Amy Purdy, medalha de bronze no snowboard nos Jogos de Inverno de Sochi 2014 e participante do programa "Dança dos Famosos" nos Estados Unidos, fez uma bela exibição de dança. Sob chuva, brilhou ao misturar música clássica e samba para falar da relação do homem com a máquina.

Pelas mãos de Antônio Delfino, a chama paralímpica chegou ao Maracanã sob chuva. Dono de três medalhas em Jogos (ouro nos 200m e nos 400m rasos em Atenas 2004 e prata nos 400m Sydney 2000), ele passou a tocha para as mãos de Márcia Malsar, primeira atleta paralímpica do país a conquistar uma medalha de ouro no atletismo, na prova dos 200m rasos, com paralisia cerebral. Muito emocionada, ela se desequilibrou e caiu com a tocha. Amparada, levantou e continuou, e o estádio explodiu em aplausos de todo o publico de pé. Depois, sorridente, passou a chama para Ádria Santos, que a entregou para Clodoaldo Silva.

O tubarão, considerado o primeiro grande atleta paralímpico brasileiro, parou diantes das escadas, 'reclamou' e uma rampa surgiu. Ele subiu as rampas que levavam a pira olímpica debaixo de chuva, que acabou sendo de grande ajuda mostrando os obstáculos que os cadeirantes sofrem no dia a dia. E acendeu a pira paralímpica em um maracanã em êxtase. Seu Jorge encerrou a festa cantando "eu acredito na rapaziada" e "é preciso saber viver"

Agora a cidade carioca é oficialmente lar paralímpico até 18 de setembro.

Foto: Márcio Rodrigues/ CPB



*Repórter foi à cerimônia a convite da Petrobrás.


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