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Seleção feminina de futebol tenta driblar ansiedade faltando poucos dias para a estreia nos Jogos Rio 2016

Primeiras atletas do Brasil a competir nos Jogos Rio 2016 - já que a estreia do futebol feminino será no dia 3 de agosto, dois dias antes da cerimônia de abertura -, as meninas do Brasil tentam controlar a ansiedade enquanto treinam para o jogo contra a China, na próxima quarta, às 16h, no Engenhão, no Rio de Janeiro. A base da seleção permanente e a preparação de dois anos, no entanto, dão confiança para buscar a inédita medalha de ouro olímpica.

Após treino físico em um campo do Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo em Vargem Grande, a zagueira Bruna Benites contou que a união do grupo é o principal apoio das atletas para driblar a pressão e a ansiedade. “A gente está treinando com a cabeça tranquila. É lógico que tem uma ansiedade de começar logo, mas acho que tem que ser uma ansiedade boa, sem afobação. A gente conversa sobre a força do grupo. Todo mundo se conhece bem e a gente sabe que cada peça aqui dentro é importante”, disse.

Bruna estreou pela Seleção em competições oficiais justamente nos Jogos Olímpicos de Londres, há quatro anos. De lá para cá, se formou em fisioterapia, deu um tempo do futebol, trabalhou dois anos na área, mas acabou voltando para os gramados, por insistência da mãe. Hoje, vive a emoção do recomeço também porque se recuperou de uma lesão que a tirou do Mundial do ano passado e do Pan de Toronto.

“Eu costumo falar que motivação é algo que vem de dentro, cada um tem a sua. Falo para as meninas que cada uma sabe por que corre lá dentro de campo, e quem não sabe ainda vai descobrir. Eu procuro sempre pensar na minha família. Consegui voltar a jogar futebol por causa deles e eles me fazem continuar”, contou.

A oportunidade de disputar uma edição de Olimpíadas em casa também mexe com a jogadora. “Disputar essa Olimpíada é um sonho para qualquer atleta. A gente está dentro de casa, com uma competição dessa magnitude, tendo a oportunidade de ganhar uma medalha inédita e entrar para a história do nosso país”.

Preparação
Para Bruna, que estava no grupo eliminado nas quartas de final pelo Japão em Londres-2012, a preparação para os Jogos pode fazer a diferença. Além da vantagem de disputar em casa e de ter o apoio da torcida, foi criada uma Seleção Brasileira feminina permanente, o que possibilitou ter um grupo homogêneo e um planejamento até então inédito. “Antes, cada uma estava em um clube e às vezes chegava na seleção uma acima do peso outra abaixo. Agora a gente tem toda a estrutura de médico, alimentação, suplementação. Isso fez diferença. Acho que temos um grupo forte tanto física, quanto técnica, quanto psicologicamente”.

A criação da seleção permanente possibilitou também que a volante Thaisa Moreno optasse por ficar no Brasil e focar no objetivo de disputar as Olimpíadas. “Eu só tenho a agradecer. Tive proposta para sair, mas preferi ficar na seleção permanente. Recebi tudo o que precisava e estou superpreparada”, contou a jogadora.

Confiante, Thaisa não dá voltas ao falar da meta. “São dois anos de preparação, então tenho certeza que a gente vai conseguir trazer essa medalha de ouro. A preparação tem sido muito bem feita”, apostou. 

Foto: Ministério do Esporte


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