Medalhista em cada uma das últimas cinco edições dos Jogos Olímpicos,
Robert Scheidt, de 43 anos, decidiu vir ao Rio 2016 porque se sentia em
condições de competir entre os melhores na Laser, classe que exige
muito da parte física. E brigou mesmo por ela até o fim da medal race. O
velejador brasileiro venceu e foi muito aplaudido pelo público que
lotou a Marina da Glória nesta terça-feira (16).
Só que o resultado não
foi suficiente para estar no pódio pela sexta vez consecutiva. Na
classificação geral, Scheidt terminou em quarto lugar. Saiu da água
"entre feliz e chateado", como disse, mas surpreendeu: foi sua última
regata de Laser. Mas não descartou correr os próximos Jogos Olímpicos,
em Tóquio, em 2020, em outra classe.
Com cinco medalhas Olímpicas, dois ouros, duas pratas e um bronze
(Torben Grael também tem cinco na vela, mas uma prata e três bronzes),
Robert Scheidt é o maior esportista do país hoje.
Muito competitivo, ele queria manter uma regularidade nas 11 regatas
Olímpicas, ficando pelo menos entre os dez primeiros colocados para
chegar à disputa de medalha. Teve três resultados bem adversos, com mais
de 20 pontos perdidos, mas ainda assim passou à medal race com
condições de lutar pelo bronze. Venceu sua última regata de Laser na
raia Pão de Açúcar, em casa, e por muito pouco não aumentou sua coleção
de medalhas Olímpicas.
Schedidt precisava que o neozelandês Sam Meech não terminasse entre
os três primeiros, o que garantiria o bronze ao brasileiro. O campeão
foi o australiano Tom Burton, com prata ficando para o croata Tonci
Stipanovic e bronze para Meech.
Foto: Getty Images
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