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Para Bach, Rio 2016 é icônica, a mais clicada e compartilhada e deixa “grande legado”

“Jogos do Povo”, “Jogos Apaixonantes”, “Jogos da Beleza” e “Jogos mais felizes”. Estas foram, segundo o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, algumas das expressões mais citadas em quatro bilhões de interações de mídias sociais das contas dos comitês olímpicos ao redor do mundo. 

Segundo o presidente, os Jogos do Rio de Janeiro já se consolidaram como os mais “clicados e compartilhados” da história. “A audiência consumiu mais conteúdo em novas plataformas do que nunca. A NBC, nossa detentora de direitos nos Estados Unidos, registrou 2,25 bilhões de minutos de transmissão ao vivo pela internet. O valor é 750 milhões superior a todos os Jogos anteriores combinados”, disse Bach. 

De acordo com o presidente, a edição de 2016, antes mesmo do encerramento, já fica marcada por momentos inspiradores e históricos. "Nós tivemos atletas icônicos em vários esportes. Vimos atletas que já eram ícones e fortaleceram suas posições, como Michael Phelps e Usain Bolt, e atletas que se tornaram referência. O nível de competição em todos os esportes foi extremamente alto e eu só posso parabenizar os atletas por suas performances impressionantes”, afirmou.  

O convívio com as diferenças e o espírito olímpico também ficaram em evidência na capital fluminense, segundo Bach. "Vivemos histórias simbólicas. Nós tivemos atletas da Ucrânia e da Rússia se abraçando e se parabenizando. Tivemos atletas da Coreia do Norte e do Sul tirando selfies juntos. Vimos Nikki Hambin (NZL) e Abbey D’agostino (USA) caindo e se ajudando durante uma corrida do atletismo. E mais do que isso, tivemos a frase da americana para a colega: 'Levante-se, nós temos de terminar, estes são os Jogos Olímpicos'. Eu acho que nada descreve melhor o espírito olímpico e o fair play do que este gesto e estas palavras”, comentou Bach. 

Na opinião dele, os palcos criados para as disputas no Rio de Janeiro tiveram papel preponderante para fixar imagens no imaginário de todo o mundo. “Tudo só foi possível porque tivemos excelentes instalações. Nem é preciso comentar a Praia de Copacabana, a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Marina da Glória e o Sambódromo, todas instalações impressionantes por natureza. Mas também as novas, como velódromo”, citou Bach.

De acordo com o dirigente, os brasileiros se consagraram como grandes anfitriões e se uniram em torno dos Jogos. "A alegria de viver dos brasileiros transformou os Jogos numa grande festa para todos”, disse o presidente do COI. Para ele, o Rio de Janeiro sai da experiência transformado. "A cidade vai ter um grande legado. O transporte público, por exemplo, ganhou grande avanço com os Jogos aqui. Antes, 18% da população tinha acesso a transporte público de boa qualidade. Agora, com os Jogos, serão 63%. Isso é muita coisa em sete anos numa metrópole como o Rio”, afirmou, em referência à Linha 4 do Metrô, os BRTs e o VLT. 

Por último, de acordo com o dirigente, uma das características dos primeiros Jogos Olímpicos realizados na América do Sul foram não mascarar a realidade. “Os Jogos não foram organizados em uma bolha, mas em uma cidade que tem problemas e divisões sociais. Isso foi muito bom para todos, estar perto da realidade e não numa bolha isolada da realidade durante 16 dias”, opinou. “Isso nos faz encarar os desafios e colocar o esporte em perspectiva, e ver onde o esporte pode ajudar e unir pessoas mas também entender que há limitações ao poder do esporte”, encerrou.

Foto: Getty Images


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