A ginástica artística feminina brasileira deu uma demonstração do
grande potencial que tem para surpreender nos Jogos Olímpicos. Com
destaque para as apresentações no salto e na trave, a equipe teve uma
boa atuação no treino de pódio, realizado na Arena Olímpica do Rio de
Janeiro, nesta quinta-feira (4), e que serve como uma prévia do que
serão as classificatórias de domingo (7), das 9h45 às 22h. O Brasil
compete das 14h30 às 16h.
A trave foi o primeiro aparelho do dia.
A coordenadora da Seleção de Ginástica Artística Feminina da
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e chefe de equipe, Georgette
Vidor, assistiu tudo das arquibancadas e vibrou com o que viu. "A trave
foi fenomenal. As ginastas entraram e, uma seguida da outra, fizeram
séries que valeriam acima dos 15,000 pontos. Foi realmente maravilhoso",
explicou.
Logo depois, foi a vez do solo. Apesar de ser um dos
aparelhos mais fortes do Brasil, a equipe não foi tão bem quanto na
trave. "O solo nós fazemos surpreendentemente bem, mas falhamos de uma
forma inesperada e que, certamente, não vai acontecer na
classificatória. O importante é que todas sabem que têm que treinar
mesmo e acertar na hora certa", frisou.
As apresentações do dia
seguiram no salto e nas paralelas. "O nosso salto é muito forte e
comprovamos isso aqui. Nas paralelas, falhamos na ordem do aquecimento, o
que comprometeu um pouco o desempenho. Nas qualificatórias, se
repetirmos a performance na trave e no salto estaremos muito bem, pois
foram dois aparelhos que as ginastas fizeram provas acima do normal.
Hoje foi um teste para acertamos as coisas. Mesmo com as falhas, sabemos
que estamos no páreo", lembrou.
O melhor resultado por equipe do
Brasil foi a oitava colocação em Pequim 2008. Para Georgette, as
brasileiras têm tudo para subir na colocação e, quem sabe, até
'beliscar' uma medalha. "Estamos com uma equipe com total condições de
ir à final, mas em uma competição tudo pode acontecer. Depende do nível
de concentração de cada uma, de como vão absorver a torcida a favor
delas para acertarem. O que posso garantir é que elas estão preparadas.
Estou entusiasmada. Elas estão com uma ginástica muito bonita e
técnica", reforçou a treinadora.
Se depender de Daniele Hypolito,
um dos maiores nomes da ginástica artística brasileira, o País vai
mesmo brilhar. Na quinta Olimpíada, a atleta de 31 anos garante que a
edição do Rio será a última da carreira. Por isso, quer fechar com chave
de ouro. "Agora é entrar e competir bem. Estamos muito concentradas.
Nós passamos bem pelo treino de pódio, que serve mesmo para sentirmos a
aparelhagem e termos a oportunidade de ajustar o que tivemos de falhas",
contou a irmã de Diego Hypolito.
Nas classificatórias de domingo
(7), Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Rebeca Andrade competem pelo
individual geral. Daniele Hypolito fará trave e solo, enquanto Lorrane
Oliveira salto e paralelas.
Foto: CBG
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