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Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem está pronto para operar sem parar durante o Rio 2016

O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) está pronto para funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, e absorver a demanda de trabalho dos Jogos Rio 2016. De acordo com o diretor do LBCD, o professor Francisco Radler, a projeção é de que o laboratório analise cerca de seis mil amostras durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Localizado no Polo de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o LBCD terá 400 pessoas, divididas em três turnos, trabalhando em todo o processo durante o evento. Desse contingente, cerca de 90 são especialistas internacionais que vão auxiliar o trabalho desenvolvido no laboratório. Eles virão dos 34 laboratórios acreditados pela Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês) ao redor do mundo.

“Vão nos ajudar na execução e trazer para o LBCD o que de melhor existe em termos de controle de dopagem. Nós estamos integrando todo o conhecimento existente no mundo sobre o assunto dentro de nossa instalações”, disse Francisco Radler em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (03.08), na UFRJ.

Além dos especialistas internacionais, o LBCD conta com funcionários permanentes e voluntários compulsórios, e ainda pessoas treinadas para colaborar em infraestrutura e aspectos mais básicos da área técnica. Radler conta que o efetivo foi treinado intensamente nos últimos anos para realizar o trabalho com excelência. “Passamos dos 500 dias de formação, com mais de 55 missões no exterior e especialistas de laboratórios acreditados pela WADA que vieram para o Brasil falar à nossa equipe”, afirmou.

Para o diretor do LBCD, tudo isso dá confiança de que o trabalho realizado está à frente no ponto de vista da tecnologia e qualidade das análises antidopagem. “Queria passar essa mensagem aos atletas que virão ao Rio: que por favor entendam que o LBCD está inteiramente equipado para a detecção de dopagem, e seria importante que todos refreassem esse tipo de atitude de dopagem para que possamos ter os Jogos mais limpos da história. Se tentarem burlar o sistema, teremos a infelicidade de ter os Jogos mais sujos da história, porque o laboratório está pronto para enfrentar esse desafio”, assegurou.

Mesmo com o pedido, Radler admitiu que historicamente cerca de 1% das análises feitas durante os Jogos dá resultados positivos. Em cerca de 6 mil testes, esse número seria de aproximadamente 60.

Ao ser questionado se prefere ter os Jogos mais limpos da história ou provar a eficiência do LBCD, ele foi direto. “A função do laboratório é de apenas fazer uma análise, verificar se existe uma substância proibida no material do atleta. Não temos função de punir, e por isso um resultado analítico adverso é uma situação extremamente desagradável e constrangedora, que pode acabar com a carreira de um atleta. Então não queremos provar nada a ninguém. Quanto menos resultados adversos tivermos, menos sentimento de tristeza teremos.”

Radler também fez questão de destacar o legado material e imaterial que ficará para o país por causa dos investimentos relacionados aos Jogos Rio 2016. Além do prédio e dos equipamentos de ponta, os técnicos do laboratório brasileiro vão conviver e trocar informações com especialistas internacionais em controle de dopagem, conhecimento que, na opinião do diretor, vai impulsionar o Polo de Química da UFRJ.

Foto: Heusi Action


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