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Guia Rio 2016: Vôlei



O Maracanãzinho vai receber a partir deste dia 6 de agosto as disputas mais esperadas do vôlei olímpico nos últimos tempos. O ginásio volta a ser local de disputas do esporte da bola tricolor em um grande evento, desta vez com 24 equipes (12 femininas e 12 masculinas) na competição mais importante que o palco receberá na história.

As seleções brasileiras, como de praxe, estão entre as equipes favoritas ao ouro olímpico, e num dos países mais apaixonados pelo esporte, a expectativa é do apoio ser mais forte por parte da torcida em clima olímpico. O time feminino busca o tricampeonato consecutivo, depois da bela campanha de Pequim 2008 e na sofrida conquista de 2012. Os homens tentam quebrar o jejum de 12 anos sem o título, após dois vice-campeonatos em 2008 e 2012.

Entre as equipes estrangeiras, Estados Unidos, Rússia e França estão entre as principais candidatas a tentar atrapalhar a festa brasileira no torneio masculino; no feminino, olho vivo em Estados Unidos, Rússia e na China.

Masculino
Data: 7 a 21/08
Sede: Ginásio Maracanãzinho
Competidores: 144 atletas em 12 equipes
Favoritos ao ouro:  Brasil |  Estados Unidos |  Rússia
Candidatos a medalha:  França |  Itália |  Polônia
 Brasil: Classificado como país-sede

Grupo A: Brasil, Itália, Estados Unidos, Canadá, França e México
Grupo B: Polônia, Rússia, Argentina, Irã, Cuba e Egito

O time masculino do Brasil passou por várias mudanças durante o ciclo, após a segunda prata consecutiva, em Londres 2012. Alguns atletas viraram titulares de vez, como os ponteiros Wallace e Lucarelli, virando referência do time. O levantador Bruninho também consolidou sua posição como capitão do elenco. O líbero Serginho - que passou dois anos fora da seleção após a última Olimpíada, voltou e garantiu sua vaga, trazendo de volta sua habilidade na recepção e na defesa. No meio, Lucão e Maurício Souza, que além de atacar, são os principais bloqueadores do elenco. Os centrais Éder e Evandro, os ponteiros Lipe, Douglas Souza e Maurício Borges, e o levantador William completam o time comandado pela quarta vez em Olimpíada pelo treinador Bernardinho, que busca seu segundo ouro como técnico.

Sempre fortes em competições de tiro curto como são os Jogos Olímpicos, os Estados Unidos também chegam com força na briga pelo ouro olímpico. Campeões em 2008 e sem medalha em 2012, a equipe renovou bastante e o melhor resultado do elenco foi o título da Copa do Mundo em 2015, que garantiu vaga direta para os americanos no Rio 2016. O ponteiro Matt Anderson segue como o principal jogador da equipe, que ainda tem o capitão David Lee e o gigante Murphy Troy como destaques no elenco.

Campeões olímpicos em 2012, a seleção da Rússia perdeu seu principal jogador: Dimitriy Muserskiy, lesionado. Mas o time continua com uma boa escalação, que coloca o time entre os candidatos a uma medalha nos Jogos. Entre os convocados por Vladimir Alekno estão o oposto Maxim Mikhaylov, um dos melhores da última Olimpíada, o levantador Sergey Grankin e o incansável capitão Sergey Tetyukhin.

O time da França entrou de vez no páreo das principais equipes com o título na Liga Mundial de 2015. Mas ainda briga para se consolidar como a melhor equipe da Europa, em pé de igualdade com a seleção russa - no duelo, franceses conseguiram o título europeu, enquanto os russos, a vaga direta no pré-olímpico da Europa. Earvin Ngapeth e Antonin Rouzier são os pilares do time comandado por Laurent Tillie.

Earvin Ngapeth é o grande nome da equipe francesa na Olimpíada
A Polônia, outra candidata a medalha, chegou no auge do ciclo com o título mundial de 2014, conquistado em casa. Mas, desde então, o time sofre para manter regularidade entre as principais seleções, e quase acabou eliminada dos Jogos Olímpicos, após perder o qualificatório europeu e depois tendo que buscar a vaga no Pré-Olímpico mundial.

A Itália corre por fora com poucos nomes de destaque, mas desbancou Polônia e França na Copa do Mundo e ficou com o vice-campeonato, atrás dos Estados Unidos. Com chances de chegar pelo menos à semifinal, o time de Gianlorenzo Blengini conta com o craque Ivan Zaytsev, o cubano naturalizado Osmany Juantorena e o experiente Emanuele Birarelli como capitão do time que foi bronze em Londres 2012.

Das seleções com chances menores de medalha, Canadá é a que mais cresceu na temporada passada, chegando à primeira divisão da Liga Mundial e a vaga pro Rio 2016 no Pré-Olímpico mundial.  O Irã tem um time que se mantém entre as oito melhores desde a última Olimpíada, tem chances de surpreender. A Argentina ainda busca crescer com a equipe renovada, que não consegue grandes resultados a nível mundial. Cuba caiu bastante de nível, e com a saída de alguns de seus jogadores para outros países, como Leal, Juantorena e Leon, e ainda o recente caso de oito jogadores da seleção sendo detidos por suspeita de crime de estupro, se classificar para as quartas seria uma vitória. México e Egito são os times mais fracos da competição, com menos chances de classificação.

Feminino
Data: 6 a 20/08
Sede: Ginásio do Maracanãzinho
Competidores: 144 atletas em 12 equipes
Favoritas ao ouro:  Brasil |  Estados Unidos |  China
Candidatas a medalha:  Rússia |  Sérvia
 Brasil: Classificado como país-sede

Grupo A: Brasil, Rússia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões
Grupo B: Estados Unidos, China, Sérvia, Itália, Holanda e Porto Rico

A seleção feminina bicampeã olímpica do Brasil segue com boa parte da base dos últimos dois títulos, com poucas modificações em relação a Londres 2012: apenas quatro atletas daquele grupo não voltaram aos Jogos. Ainda sim, foram feitos diversos testes na equipe comandada por José Roberto Guimarães, que teve como principais conquistas dois Grand Prix de vôlei, incluindo o de 2016, decisivo para escolher o time brasileiro. Fabiana, Sheila, Natália e Thaísa devem iniciar as partidas no ataque. Na posição de líbero, foi convocada Léia, que esteve bem na temporada 2016 da Superliga e em suas atuações no Grand Prix conseguiu chamar a atenção do técnico, que a convocou no lugar de Camila Brait, titular durante praticamente todo o ciclo olímpico. Completando o time titular, a levantadora Dani Lins, outra das remanescentes do time campeão de 2012. No banco inicial, as centrais Juciely (outra que se destacou no Grand Prix 2016) e Adenízia, as ponteiras Gabi, Jaqueline e Fê Garay, e a levantadora Fabíola, que busca mais uma alegria no ano, após o nascimento de sua segunda filha, Ana Vitória.

Vice-campeã olímpica em 2012, a seleção dos Estados Unidos devolveu eliminando o Brasil na semifinal do Mundial de 2014, e logo conquistando o título em cima da China. O técnico Karch Kiraly busca seu primeiro ouro como técnico, e tem como principais destaques na escalação a capitã Christa Harmotto, a levantadora Carli Lloyd - eleita a melhor na posição durante a Liga dos Campeões da Europa, e a ponteira Jordan Larson.

A China aparece entre as favoritas a medalha com as recentes boas campanhas no Grand Prix, o vice-campeonato mundial e o título da Copa do Mundo, no ano passado, que deu vaga olímpica direta para a equipe asiática. O time tem as jogadoras mais altas da Olimpíada, casos como o de Yuan Xinyue, 1m99 e da craque do time Zhu Ting, de 1m95. Zhu Ting e Xu Yunli são as principais jogadoras (e pontuadoras) do time chinês, que busca voltar a medalhar na Olimpíada após o 4º lugar em Londres 2012.

China quer conquistar o terceiro título olímpico após 12 anos de jejum
A Sérvia tirou os Estados Unidos da vice-liderança na última rodada da Copa do Mundo e garantiu, além do 2º lugar, a vaga direta nos Jogos Rio 2016. Melhor atacante daquela competição, a ponteira Brankica Mihajlovic está garantida no elenco das Olimpíadas, assim como a também oposta Bojana Zivkovic e a levantadora e capitã Maja Ogjenovic.

A Rússia sofre com as saídas de Gamova e Sokolova do time após um bom tempo com ambas sendo os pilares da equipe. Mas o time segue forte, ainda mais com atacantes como Goncharova e Kosheleva no mesmo elenco.

Os asiáticos Japão e Coreia do Sul caíram no grupo do Brasil, mas com apenas brasileiras e russas teoricamente mais fortes, o que pode fazer com que as equipes que disputaram o bronze em 2012 se classifiquem novamente para a fase de mata-mata.

Itália e Holanda, duas equipes europeias que se classificaram por meio do Pré-Olímpico Mundial vão ter dificuldades para classificar, ao caírem no mesmo grupo B, com EUA, China e Sérvia. Grandes chances de uma dessas duas seleções ser eliminada ainda na primeira fase.

Argentina brigará com Japão e Coreia do Sul por uma das duas vagas que devem restar para as quartas de final, caso não haja uma grande surpresa com Brasil ou Rússia. Porto Rico tentará fazer uma graça no torneio olímpico, ainda que tenha tido pouquíssimas experiências internacionais. Jogando no Grupo B, a tarefa é complicada, E Camarões deve apenas fazer figuração com um elenco que chegou a perder de 3 a 0 em amistosos contra o time sub-23 do Brasil.

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