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Bimba pausa treinos e lamenta falta de legado na Baía: "Perdi as esperanças"

O balanço que Ricardo Winicki, o Bimba, faz dos Jogos Olímpicos Rio 2016 é muito mais positivo do que qualquer outra coisa. Referência no país quando o assunto é a classe RS:X da vela, o brasileiro terminou sua quinta Olimpíada na carreira na sétima posição

- Ou seja, é um dos melhores do mundo, embora tenha ficado fora do pódio. Sobre a organização do evento, os elogios também sobrepõem as ressalvas: não viu problemas com lixo, pôde competir sem empecilhos e ainda testemunhou o quintal de casa receber a maior competição esportiva do planeta. Ele lamenta apenas a falta de legado na Baía de Guanabara.

Bimba refere-se à limpeza feita no local especificamente para as disputas da Olimpíada, e não de maneira definitiva. Em relação a isso, o atleta, que voltou a Búzios esta semana para descansar depois de meses intensos de treinamentos, reconhece que perdeu "um pouco as esperanças".

- A Baía de Guanabara surpreendeu 100% positivamente, nenhum lixo. Eu, pelo menos nas minhas regatas, na minha modalidade, não parei em nenhum momento para limpar minha quilha, tirar qualquer tipo de sujeira. Infelizmente, não ficou o legado que a gente gostaria, de uma baía despoluída. Admito que já perdi um pouco as esperanças, porque se não conseguimos isso na Olimpíada, não sei se vamos conseguir daqui pra frente. Espero estar enganado - lamenta ele.

Aos 36 anos, Bimba se recusa a abandonar as competições e já deixou claro que pretende estar nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. O momento, no entanto, é de esquecer um pouco os treinos e se dedicar ao projeto de vela que ele fundou em Búzios, sua cidade-natal. Pelo menos por enquanto.

- Meu objetivo até março mais ou menos é focar 100% do meu tempo no projeto social e na escola, vou dar uma pausa nos treinos. Uma pausa merecida. Sei que, obviamente, vou estar dentro da água fazendo algum treinamento com eles, mantendo a parte física. Mas o objetivo no momento é me voltar para a escola - conta.

Investimento
Quem ficou com a medalha de ouro na modalidade de Bimba na Olimpíada foi o holandês Dorian Van Russelberghe - Nick Dempsey (Grã-Bretanha) e Pierre Le Coq (França) completaram o pódio em segundo e terceiro, respectivamente. Bimba conta que a diferença de investimento no esporte nesses países ainda é muito grande.

- Esse ano eu comprei cinco quilhas para escolher uma para a Olimpíada. O cara comprou 35 só esse ano, fora as outras centenas de quilhas que ele deve ter comprado durante o quadriênio, poder testar o equipamento em túnel de vento, piscina de onde. Tudo isso faz parte do investimento que eles fazem e que, com certeza, faz uma diferençazinha - conclui.

Fonte: Globoesporte.globo.com


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