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Técnicos da seleção brasileira de Boxe esperam repetir o bom resultado de Londres 2012

Os atletas são os protagonistas dos Jogos Olímpicos. Mas para garantir o bom desempenho existe o trabalho dedicado de seus treinadores e de toda a comissão técnica. E é isso exatamente que acontece com o boxe brasileiro. Juntos desde a bem-sucedida campanha nacional nos Jogos Olímpicos Londres 2012, quando o Brasil conquistou três medalhas, os técnicos da modalidade não poupam esforços para fazer dos Jogos Rio 2016 mais uma história de sucesso. João Carlos Barroso, Claudio Aires e Mateus Alves vêm ajustando, no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Urca, os últimos detalhes para a estreia no dia 6. O Brasil entrará no ringue com nove boxeadores, sendo sete homens e duas mulheres.

"Chegamos a Londres sem expectativas e conseguimos três medalhas. Cada competição é única, mas temos confiança de que todos os nossos atletas podem buscar um bom resultado no Rio. Nesse momento de preparação, estamos aproveitando a presença dos boxeadores da Irlanda e dos Estados Unidos em nossos treinamentos para fazer ajustes finais. É a hora de fazer a manutenção da carga física, além de sparrings seriados (simulações de competições)", explicou João Carlos, de 58 anos, nascido na Guiné Bissau, que se apaixonou pelo Brasil e por uma brasileira, a paulista Elenir Perez, com quem casou e tem um filho. 

Satisfeito com a evolução do boxe brasileiro desde que chegou ao país, em 1996, vindo de Cuba, onde morou e se formou em Educação Física, João Carlos lembra que outros dois treinadores, Abel Bocovo e Juraci de Oliveira, também contribuem para o desenvolvimento da modalidade. "Na verdade, somos cinco treinadores, mas apenas três estarão juntos com os atletas nos Jogos".

É o caso do paulista Claudio Aires, de 45 anos, que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg, em 1999, na categoria superpesado. "Fui boxeador durante 15 anos. Apesar de ser grandão, tenho um coração mole e me emociono fácil a cada conquista. O boxe corre na veia", disparou, lembrando que a conquista de uma medalha é consequência de cada luta disputada.

Segundo ele, o boxe contou no atual ciclo olímpico com toda estrutura necessária para melhorar seu desempenho nos Jogos Rio 2016. "Tivemos o apoio da Confederação, do Comitê Olímpico do Brasil e da Petrobras para chegar até aqui. Nos últimos meses disputamos importantes competições internacionais como o Mundial masculino, em outubro de 2015, em Doha, no Catar, e o Mundial Feminino, em maio, no Cazaquistão". 

O caçula do grupo é o gaúcho Mateus Alves, de 34 anos, que chegou à Londres desgastado pelas críticas recebidas por ser jovem e natural de um estado com pouca tradição no boxe, mas que se firmou na equipe por seu trabalho.

"O Brasil hoje tem uma equipe respeitada internacionalmente. A nossa expectativa para os Jogos Olímpicos do Rio é muito boa. O boxe é um esporte em que o nível de concorrência é enorme", explicou.


Nos treinamentos, Mateus é o responsável por usar o bodyshot, espécie de colete, que "puxa" os golpes, simulando um possível adversário. "Não há o confronto direto entre o treinador e o atleta. Isso não existe no alto rendimento", acrescentou Mateus, que toca saxofone e busca na família toda a sua firmeza emocional. "Nesses períodos longos de viagens, bate uma saudade enorme de casa", admite o treinador. 

Foto: COB


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