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Policia Federal prende grupo suspeito de planejar atentado terrorista nos Jogos Rio 2016

Atualizado às 22h43

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (21.7), a Operação Hashtag para desarticular grupo envolvido na promoção do Estado Islâmico e na execução de atos preparatórios para a realização de atentados terroristas e outras ações criminosas. É a primeira operação policial após a publicação da Lei 13.260/2016.
Cerca de 130 policiais cumprem mandados judiciais expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba – sendo 10 prisões temporárias, duas conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões – nos estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira. Ele disse que essas são as primeiras prisões realizadas com base na Lei Antiterror. "Não vamos esperar um milímetro para que qualquer ato preparatório se desenvolva. Por mais insignificante que possa parecer, terá uma reação rápida, una e certeira do poder público. Vamos agir da maneira mais dura possível", destacou Moraes.

As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal - DAT. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior. Uma ONG com atuação na área humanitária e educacional também é investigada por participação no caso.

Os investigados responderão individualmente, na medida de suas participações, pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei 13.260/2016. A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.

Compra de armas
Alexandre de Moraes explicou que parte dos dez brasileiros presos nesta quinta-feira, após trocar mensagens preparatórias sobre a realização de atentado terrorista no Brasil, fez, via internet, um juramento de lealdade ao Estado Islâmico (EI).

Conforme o ministro, trata-se de um grupo amador que, no entanto, não pode ser ignorado pelas forças de segurança pública. “Era uma célula amadora, sem preparo planejado. Uma célula organizada não tentaria comprar arma pela internet. É uma célula desorganizada”, ressaltou. “Houve contato com o Estado Islâmico via internet, além de atos preparatórios. Esse grupo deixou de entender que o Brasil seria um Estado neutro e, com as Olimpíadas, poderia se tornar um alvo”, esclareceu.
Moraes informou que, além do juramento pela internet, conhecido como “batismo”, não houve contato direto dos brasileiros com o Estado Islâmico por e-mail ou pessoalmente. Também não há indícios de que eles recebiam financiamento do Estado Islâmico.
A Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelo grupo em redes sociais como Telegram e WhatsApp e descobriu ações preparatórias como planejamento para início de treinamento de artes marciais e o contato feito com um site de armas clandestinas no Paraguai para a compra de um fuzil.


De acordo com Alexandre de Moraes, não há confirmação de que a compra tenha sido concretizada. As mensagens foram monitoradas com autorização judicial pela Divisão Antiterrorismo da PF. 



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