Foto: Brasil 2016 |
A Força Nacional assumiu oficialmente, na terça-feira (05.07), a
segurança de 50 instalações olímpicas no Rio de Janeiro, sendo 24 na
região da Barra da Tijuca, quatro na zona de Copacabana, oito na região
Maracanã e outras 14 em Deodoro. Em cerimônia realizada no Parque
Olímpico da Barra, para marcar o início do trabalho, o ministro da
Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, garantiu que o efetivo é
suficiente para as funções que a Força Nacional vai assumir: segurança
patrimonial, perimetral, do público e dos campos de jogo.
“Não comento (números de) efetivo. O que garanto é que teremos todo o
efetivo necessário para as funções que nos foram atribuídas. Podem ter
absoluta tranquilidade que todas as escalas da Força Nacional estão
absolutamente suficientes. Acompanhei pessoalmente desde que assumi o
cargo e, inclusive, solicitei ao governador Geraldo Alckmin mais mil
homens da Polícia Militar de São Paulo para que haja absoluta
tranquilidade”, disse o ministro.
“Cumprimos mais um compromisso do Ministério da Justiça na segurança
do Rio 2016. São profissionais preparados, capacitados e aptos a
responder a todas as demandas da segurança dos Jogos. Já entregamos os
planos estratégicos, táticos, a parte de infraestrutura, a parte de
segurança das instalações, com o videomonitoramento, aparelhos de
raios-x e cercamento. Tudo aquilo que foi nosso compromisso está em dia,
por isso a confiança, a tranquilidade de que esta equipe está pronta”,
reforçou o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos
(Sesge-MJ), Andrei Rodrigues.
A revista de segurança na entrada das instalações, com os portais
magnéticos e a verificação por raio-x (o chamado “Mag and Bag”), que
seria uma tarefa da Força Nacional, vai ser realizada por uma empresa
privada. A Artel Recursos Humanos venceu a licitação feita pela Sesge,
no valor de R$ 17,3 milhões, e teve o contrato assinado na última
sexta-feira (01.07). Serão gerados 2.012 postos de trabalho nos Jogos
Olímpicos e 1.854 para os Jogos Paralímpicos, liberando a Força Nacional
para as demais obrigações.
Garantia de tranquilidade
O ministro Alexandre de Moraes lembrou que este não é o início do
trabalho da Força Nacional para os Jogos, já que a segurança da operação
da tocha vem sendo feita pelos brasileiros desde que a chama foi
entregue ao Brasil pela Grécia, em 27 de abril. Ao Rio, os homens da
Força Nacional vão chegar gradativamente até 23 de julho, assim como
outras corporações da segurança pública que integram o trabalho nos
Jogos.
“Juntos com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, com as
forças de segurança do estado do Rio, teremos Jogos Olímpicos
absolutamente tranquilos. Nós estamos ofertando a garantia de segurança,
a garantia de tranquilidade para que os Jogos Olímpicos transcorram
normalmente”, disse.
O ministro afirmou ainda que já foi realizada a transferência do
valor de R$ 2,9 bilhões do governo federal para o estado do Rio,
decorrente de medida provisória assinada na semana passada pelo
presidente em exercício, Michel Temer, e que o pagamento aos servidores
de segurança está sendo regularizado.
Moraes também citou a videoconferência realizada no Centro Integrado
de Comando e Controle, momentos antes da cerimônia no Parque Olímpico,
com representantes das demais sedes do futebol (Brasília, Belo
Horizonte, São Paulo, Salvador e Manaus), ativando o Sistema Integrado
de Comando e Controle (SICC), que coordena a integração da operação de
segurança dos Jogos.
Terrorismo não é provável
O ministro da Justiça e Cidadania informou que não há probabilidade
de ataque terrorista ao Rio ou ao Brasil durante o megaevento, mas que
órgãos de segurança, defesa e inteligência brasileiros se prepararam
para uma eventual ocorrência.
“Hoje, não só o Brasil, mas todas as agências internacionais colocam
que não temos probabilidade de evento terrorista até o presente momento.
A possibilidade existe no mundo todo, então nós trabalhamos como se
houvesse probabilidade, ou seja, com todos os mecanismos modernos de
inteligência, de prevenção, de troca de informações, de rastreamento, em
relação à questão do terrorismo”.
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