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Brasileiros da canoagem slalom contam os dias para competir nos Jogos Rio 2016

O Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, em Deodoro, teve um dia cheio na quarta-feira (27). A seleção brasileira da modalidade, acostumada a treinar no local desde o fim de 2015, quando se mudou para a capital olímpica, recebeu a companhia de canoas e caiaques de países como Eslovênia, Austrália, Alemanha e Nigéria. Todos na reta final de preparação para disputar o Rio 2016.

Para os brasileiros, enfrentar os obstáculos e a água revolta da pista não é novidade. Morando na cidade desde novembro do ano passado, os atletas têm treinado diariamente no local, o qual já chamam de casa. Dois dos principais nomes da canoagem slalom brasileira, Ana Sátila e Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, puderam acompanhar de perto todas as mudanças feitas na pista desde o evento-teste, realizado entre 26 e 29 de novembro de 2015.

“Fizeram algumas mudanças em três partes da pista. Ficou mais difícil do que antes. Colocaram obstáculos mais fechados, com mais refluxo e ondas maiores. Gosto da mudança. Mostra que não é qualquer atleta que pode remar aqui. Tem que estar adaptado”, detalhou a brasileira, acrescentando que as alterações não mudaram seu sentimento em relação à pista. “Continua sendo minha pista favorita. Está até melhor.”

Para Pepê, ter visto de perto todas as etapas de evolução do local pode vir a ser um diferencial na hora de buscar uma medalha. “A gente viu as arquibancadas sendo montadas desde a estrutura e o quanto de gente tem envolvido. Acho que esse é um fator que vai realmente nos ajudar a estar confortável, nos sentindo em casa. Esse conforto é o que vai fazer a diferença”, opinou o canoísta.

Enquanto Ana Sátila vai para sua segunda Olimpíada, Pepê comemora o fato de estar disputando os Jogos Olímpicos pela primeira vez. Ainda mais depois do episódio triste que o atleta viveu quatro anos atrás. Ele deixou de conquistar uma vaga em Londres 2012 por apenas 13 centésimos.

“Eu toquei na penúltima baliza e perdi dois segundos. Chorei por muito tempo, fiquei três meses me lamentando. Assisti aos Jogos do sofá de casa, me imaginando lá”, lembrou. “Mas passado esse tempo, coloquei a cabeça no lugar e comecei a viver o sonho olímpico do Rio. Foram alguns meses de lamentação e de choro que tem que ter. Os Jogos são o sonho de cada atleta, então esses quatro anos foram de muita preparação e aprendizado para estar aqui neste momento.”

Agora, às vésperas de começar a viver a experiência olímpica em casa, os canoístas brasileiros não escondem a ansiedade pelo início do evento, embora o foco na disputa pela medalha inédita para a modalidade nunca fique de lado.

“Acho tudo muito legal, bonito. A Vila é demais! Mas estamos lá por que temos uma competição importante, então temos que ter os pés no chão. Aproveitar os momentos que temos que aproveitar, conhecer pessoas novas, mas apesar de novo, estou aqui para competir e representar o Brasil”, enfatizou Pepê. “Estou torcendo muito para começar logo e conseguir competir. Estou um pouco ansiosa, mas calma ao mesmo tempo”, explicou Sátila.

O único momento de distração, pelo menos para Ana Sátila, deve ser a cerimônia de abertura. O desfile com a delegação brasileira pelo Maracanã lotado, em 5 de agosto, está nos planos da atleta. “Tenho prova dia 8, então são três dias para descansar. Tinha conversado com meu técnico sobre isso. É exaustivo ficar ali sete horas de pé, mas é um evento muito legal. Com certeza vou estar lá”, avisou.

Foto: COB


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