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Visando o Rio 2016, foi inaugurada a primeira parte do VLT

Foto: Brasil 2016

O bonde, velho conhecido da região central do Rio de Janeiro, ainda na época imperial, está de volta ao coração da cidade. Com o moderno nome de Veículo Leve sobre Trilhos, ou simplesmente VLT, o novo modal realizou, no domingo (5), a viagem inaugural no Centro da Cidade Olímpica.

“O VLT é um integrador de modais, chega à rodoviária, no trem, no metrô, nas barcas, chega ao Aeroporto Santos Dumont,  e, no futuro, vai encontrar o BRT Transbrasil. Muda a face do centro do Rio e tem um pouco da volta ao Rio antigo, ao Rio dos bondes. É um esforço para resgatar o centro da cidade, como um local que as pessoas frequentem, apreciem e possam morar aqui no futuro também”, disse o prefeito Eduardo Paes.

A rede tem, ao todo, 28 quilômetros, mas a operação será progressiva. A cada ciclo, horários e trajetos serão ampliados e novos bondes entrarão no sistema. A primeira etapa, Rodoviária Novo Rio – Aeroporto Santos Dumont (veja o trecho em azul mapa abaixo), terá 18 quilômetros em trilhos, 17 paradas e uma estação. A ligação entre a Central do Brasil e a Praça XV (em verde) entra em operação no segundo semestre.

Inicialmente, o VLT transportará passageiros de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h, com embarque e desembarque em oito paradas nos dois sentidos: Parada dos Museus, São Bento, Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont.

“A gente começa com a operação do trecho da rodoviária até o aeroporto, mas nem todas as 17 paradas vão estar funcionando, e vamos ampliando a cada semana o número de paradas e os intervalos do trens. A partir de 1º de julho, teremos a operação comercial, com cobrança do passageiro, e vamos ampliando as paradas, para que, durante os Jogos Olímpicos, todo o trecho (em azul) esteja servindo à população, inclusive  a parte extra da Parada dos Navios ao Aeroporto, permitindo que o acesso ao Live Site do Porto Maravilha seja um dos grandes atrativos. O trecho Central do Brasil-Praça XV (em verde no mapa) também estará entregue à população”, disse Picciani.

Os condutores passaram por um treinamento de mais de 2 mil horas, com qualificação na França, e estão há meses operando o simulador e realizando os testes de rua. Para o controle do pagamento, já que a validação é voluntária, haverá mais de setenta fiscais. Quem não validar o bilhete vai estar sujeito a uma multa de R$ 170 reais, de acordo com o secretário. Na operação plena, o VLT funcionará 24 horas, com 32 trens e capacidade para transportar 300 mil pessoas. Haverá máquinas de autoatendimento para a compra de bilhetes em todas as paradas e estações.

Conhecendo o centro
Para o turista, a missão de conhecer os belos prédios históricos, as igrejas e os museus das regiões central e portuária ficará mais fácil. As caminhadas serão encurtadas com o novo modal.

Comecemos pela chegada à cidade. O VLT terá uma estação na rodoviária e vai parar no Aeroporto Santos Dumont. Com o avanço da operação, o modal vai passar também pela famosa Estação Central, onde chegam os trens e o metrô. Agora, os atrativos turísticos: quando estiver em pleno funcionamento, o VLT vai passar pela cidade do Samba, deixará o turista na Praça Mauá, de frente para os novos museus do Amanhã e de Arte do Rio, além de entregá-lo na entrada do Live Site, a grande festa organizada com telões e shows para que a população possa acompanhar as disputas esportivas. A pira olímpica também vai estar na “rota do VLT”, já que ficará acesa no Centro do Rio.

O turista chegará facilmente à Igreja da Candelária e os que gostam de exposições e de outras formas de arte poderão dar uma passada no Centro Cultural Banco do Brasil. Conhecer o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes ou a Biblioteca Nacional também vai ser mais prático. Uma caminhada curta liga o VLT aos Arcos da Lapa. Ir à Praça XV, tomar um café na famosa Confeitaria Colombo, conhecer a Praça Tiradentes ou fazer compras no Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) são outras opções de acesso rápido pelo VLT.

Acessibilidade e sustentabilidade
As estações e paradas do VLT ficam a cerca de 20 cm de altura, niveladas às composições, dotadas de rampas suaves e antiderrapantes que facilitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais. Cada plataforma disporá de entrada nas extremidades, linha de piso tátil e faixas em alto relevo que facilitam a locomoção de pessoas com deficiência visual.

Internamente, todas as composições reservam local específico para cadeirantes sem prejuízo a outros assentos. Sinalização, validadores e acionamento de portas estão em um nível mais baixo, facilitando o alcance.

Movido a eletricidade, o VLT preserva a identidade do Rio ao oferecer a opção de Alimentação Pelo Solo (APS), com energia captada por meio de um terceiro trilho instalado entre os trilhos de rolamento do trem, dispensando o uso de fiação aérea (catenárias).

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