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Maior vencedora da história da Copa Latino-Americana de Tênis de Mesa, Caroline
Kumahara (199ª colocada do ranking mundial) tentará buscar a partir de
sexta-feira (3) o seu quarto título, na Guatemala, com a mesma motivação
das conquistas anteriores: o prazer e a pressão por disputar eventos de
grande importância. Afinal, além da relevância que possui no
continente, a competição é classificatória para a Copa do Mundo
individual deste ano.
“Não sei se é coincidência, mas tenho jogado bem a maioria das Copas.
Não sei dizer exatamente o motivo, mas sinto que é pelo fato de ser um
campeonato muito importante. Tenho prazer em jogar esses eventos
importantes, gosto da pressão. São fatores que me ajudaram a ir bem nas
outras edições”, analisou a mesatenista de 20 anos.
Carol esteve presente em todas as cinco edições da Copa
Latino-Americana, conquistando três ouros. Em 2012, quando levou o
primeiro título, a brasileira tinha apenas 16 anos. Ela ainda voltou ao
topo do pódio em 2014 e 2015 – e faturou um bronze em 2013.
O título do ano passado foi especial para Carol. Meses antes da disputa
dos Jogos Pan-Americanos, em que viria a conquistar uma prata por
equipes e um bronze individual, a paulista passava por um momento
instável na mesa. O ouro na Copa Latino-Americana em Havana, capital de
Cuba, foi fundamental para que recuperasse a confiança.
“Eu vinha passando por uns meses difíceis, sentia que não estava
melhorando. Nos dois meses anteriores à Copa Latino-Americana, treinei
muito, tirei motivação para ganhar confiança e jogar bem. Na semifinal,
estava perdendo para a Adriana Díaz, ela estava jogando muito bem. Mas
consegui a virada”, contou a brasileira, citando ainda a decisão contra a
compatriota Lin Gui.
“A final foi muito marcante para mim. Nunca tinha vencido a Coelha
(apelido da Lin Gui) sem perder sets. Nossos jogos são sempre muito
disputados. Foi um recomeço pra mim, uma grande motivação para o Pan”,
completou.
Para Carol, o formato da competição também favoreceu o seu bom
desempenho nas edições passadas. O caminho até o título tem cinco
partidas: duas pela fase de grupos e três nas etapas eliminatórias.
“São poucas jogadoras e poucos jogos. Tenho tempo para me preparar,
pensar em cada jogo. É um campeonato tranquilo em termos de ritmo de
jogo, não é tão cansativo. É mais o lado mental mesmo”, afirmou.
Em busca do terceiro título seguido, a paulista está confiante na preparação que vem fazendo.
“Venho treinando muito, não só para esse torneio e para os Jogos
Olímpicos, mas pensando em longo prazo. Venho fazendo algumas mudanças,
principalmente do ponto de vista técnico. Estou bem motivada e animada,
empolgada com essas mudanças, sentindo mais diferença no jogo do que
outras vezes. Quero agora ver como isso vai se dar no jogo, ainda mais
em um evento importante”, concluiu.
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