Esquerda para a direita: Carlos Nuzman, Pelé e Thomas Bach (Foto: Rio 2016) |
Foi em Santos, a cidade do litoral de São Paulo que o apresentou ao
mundo, que Pelé recebeu nesta quinta-feira (16) a Ordem Olímpica, mais
alta condecoração do Comitê Olímpico Internacional (COI). O rei do
futebol recebeu a honraria das mãos de Thomas Bach, presidente do COI,
em cerimônia no Museu Pelé.
O jogador brasileiro de futebol tornou-se, assim, o terceiro brasileiro a
ganhar tal reconhecimento, junto de Maria Lenk e Adhemar Ferreira da
Silva.
Tricampeão mundial de futebol com a seleção brasileira, Pelé jamais teve
a oportunidade de disputar os Jogos Olímpicos. E tratou essa questão
com bom humor: “Eu virei jogador muito cedo e, naquela época, o atleta profissional não podia disputar os Jogos. Então, costumo brincar que o Brasil só não ganhou a medalha de ouro no futebol porque eu não joguei.”
Bach destacou que o fato de não ter participado dos Jogos não reduz a
importância de Pelé para o movimento Olímpico. “Tudo que foi feito por
Pelé, dentro e fora do esporte, espalha os valores Olímpicos,
excelência, amizade e respeito”, afirmou, brincando sobre a dificuldade
que foi decidir se ele seria ou não premiado. “Essa decisão levou
muitos, muitos... segundos.”
Em seu discurso, o presidente do COI curvou-se a Pelé. “Eu comecei no
esporte com o futebol. Não era ruim, mas tinha só uma perna, a
esquerda. Então decidi seguir na esgrima, e assim me tornei presidente
do COI”, disse o alemão, medalhista de ouro nos Jogos Montreal 1976.
“Hoje, agradeço por isso, ou teria virado um bom jogador e perderia a
chance de homenagear um dos meus ídolos”.
Carlos Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016, também destacou a
grandiosidade de Pelé: “Este é um momento para sempre. O homem que
recebe essa honra não necessita ter sua história contada, é
universalmente conhecido”.
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