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A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou durante a terceira reunião do Comitê de Emergência, em
Genebra, que é muito baixo o risco de propagação internacional do vírus
Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil.
Na
reunião, integrantes do Comitê de Emergência reafirmaram que durante as
competições o país estará no período do inverno, quando histórica e
epidemiologicamente os índices das doenças transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti estão em declínio e atingem seu menor índice. O ministro
da Saúde, Ricardo Barros, apresentou na sexta-feira (10.06), em coletiva
de imprensa, um estudo que mostra que os índices do Zika caíram 87% no
país no comparativo entre fevereiro e maio deste ano.
O comitê da OMS também reafirmou o seu aviso prévio de que não deve
haver restrições gerais sobre viagens e comércio com países, regiões
e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika, incluindo as cidades
brasileiras. A entidade reforçou as recomendações já realizadas aos
viajantes, principalmente às grávidas, e que o Brasil deve continuar o
seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em
torno das cidades e locais de realização de eventos.
"Estamos felizes com a declaração da OMS porque todo o esforço do
Brasil foi reconhecido. É o coroamento do trabalho articulado entre
governo federal, estados e municípios", afirmou Ricardo Barros. "A
recomendação da OMS deve confirmar a vinda de turistas para o Brasil
para acompanhar os Jogos". Segundo o ministro, o Brasil vai continuar
dialogando com a Organização Mundial da Saúde e o Comitê Olímpico
Internacional e adotará eventuais novas recomendações.
Principais pontos:
1. O Comitê observou que os riscos em áreas de transmissão são os
mesmos para um encontro de massa ou não. Esses riscos são minimizados
através de boas medidas de saúde pública.
2. Manteve as mesmas recomendações para viajantes internacionais
(grávidas devem evitar áreas de risco, parceiros sexuais devem assegurar
práticas seguras e viajantes devem receber informações sobre potenciais
riscos e medidas adequadas de proteção).
3. O risco de propagação internacional do vírus Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil é muito baixo.
4. Não deve haver restrições gerais sobre viagens e comércio com
países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika,
incluindo as cidades do Brasil que acolhem os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos.
5. O Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas
de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização das
competições.
6. Os países com viajantes para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos
devem garantir que esse público esteja plenamente informado sobre os
riscos de infecção do Zika e medidas de proteção.
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