Foto: Ministério do Esporte |
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, encontrou-se na
segunda-feira (6.6), em Londres, com o diretor do Complexo Esportivo do
Parque Olímpico Rainha Elizabeth II, David Edmonds, responsável pelo
legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que aconteceram na capital
inglesa em 2012.
Edmonds mostrou ao ministro as mudanças implementadas
após os Jogos e os empreendimentos gerados nas áreas vizinhas, como
novas habitações, universidades e shopping. De acordo com Edmonds, cerca
de 40 mil empregos foram gerados entre a fase de construção do próprio
complexo e os investimentos pós-Jogos.
O Estádio Olímpico, por exemplo, passou por adaptação para ser
utilizado como arena multiuso. A partir de agosto, será destinado para
partidas do West Ham United, time da Premier League (primeira divisão)
do futebol inglês. No último fim de semana, serviu como palco para show
da banda de rock AC/DC, além de já ter sediado jogos da Copa do Mundo de
Rúgbi. A Vila Olímpica foi transformada em 3 mil moradias, todas
ocupadas atualmente.
"Estamos usando o parque como um novo polo de desenvolvimento da
cidade", explicou Edmonds, acrescentando que um novo museu será
instalado nas redondezas, assim como a faculdade de moda da Universidade
de Artes de Londres também terá um espaço nas imediações do Parque
Olímpico.
Edmonds afirmou que, depois que os Jogos acabaram, o complexo ficou
fechado por dois anos para adaptações, mas, desde então, já recebeu 10
milhões de visitas. "A operação do parque, por enquanto, não é
superavitária, mas será", previu.
O ministro Picciani afirmou que, no caso do Rio, diferentemente de
Londres, a maior parte dos investimentos é privado – cerca de 60%. "A
visita ao Parque Olímpico é importante para conhecer as experiências de
legado que deram certo e tê-las como exemplo para o Rio de Janeiro."
Depois do encontro com Edmonds, Picciani reuniu-se com o secretário
de Estado para Esporte, Cultura e Mídia – correspondente a ministro –,
John Whittingdale. Ao colega britânico, o ministro brasileiro afirmou
que a preparação para os Jogos no Rio está indo muito bem, com a maior
parte dos equipamentos concluída. Ele assegurou que o velódromo será
finalizado até o fim deste mês e que a Linha 4 do metrô ficará pronta
antes da abertura das Olimpíadas. Picciani também declarou que, após os
Jogos, algumas áreas do complexo serão destinadas a centros de
treinamento, outras virarão escolas e algumas serão arenas multiuso.
Whittingdale quis saber sobre o combate ao Zika vírus. Picciani
explicou que o Brasil intensificou o combate ao mosquito e que tem feito
campanha ostensiva para conscientizar a população. Além disso, apontou
que o Ministério da Saúde contratou mais de 2.400 profissionais e que o
índice de contaminação vem caindo drasticamente. Picciani observou,
ainda, que agosto é um mês de pouca chuva e baixa incidência do
mosquito.
O secretário britânico adiantou que o primeiro-ministro David
Cameron deve comparecer à abertura dos Jogos Rio 2016, assim como a
subsecretária de Esporte, Tracey Crouch, que está de
licença-maternidade, mas que confirmou sua intenção de ir tanto à
abertura das Olimpíadas quanto das Paralimpíadas. Whittingdale convidou o
ministro para uma cúpula de nutrição que o Reino Unido vai promover um
dia antes da abertura dos Jogos Rio 2016. Para o ministro brasileiro, "o
papel dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos vai muito além dos esportes, e
um tema como nutrição é fundamental".
Whittingdale afirmou que o Brasil pode contar com o apoio dos ingleses
para o que necessitar: "O exemplo de Londres é importante. Tivemos a
colaboração das autoridades inglesas sobre o controle de dopagem, o que
nos foi muito útil. O Rio está absolutamente preparado para receber a
todos".
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