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Integração urbana é um dos maiores legados dos Jogos de 2016

VLT (Foto: Brasil 2016)

O legado deixado para a integração entre as diferentes partes da capital fluminense é a grande aposta dos Jogos de 2016 para o futuro da cidade. As obras motivadas pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, os primeiros a serem realizados na América do Sul, vão além de espaços para as competições. A herança do megaevento inclui projetos de mobilidade, acessibilidade, urbanização e saneamento, ou seja, melhorias que trarão modernidade a vários bairros do Rio de Janeiro.

Alguns empreendimentos, como o Parque Olímpico, serão abertos à população após o evento. o público terá acesso ao boulevard e à área de lazer; a Arena do Futuro será transformada em quatro escolas municipais e o Estádio Aquático se transformará em dois ginásios, que serão instalados em áreas onde não há opção para práticas de esporte. Em outra região da cidade, o complexo esportivo de Deodoro, que sediará 11 modalidades, vai abrigar o segundo maior parque do Rio de janeiro após a competição, abrindo uma opção de lazer e esporte para cidadãos e turistas.

O secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto da Silva, estima que o investimento total da prefeitura na estrutura da cidade ultrapassa R$ 30 bilhões. “A Olimpíada, na verdade, é aquela oportunidade que a cidade tem de se aproveitar. Estamos aproveitando o momento para fazer um resgate da nossa cidade, melhorar a qualificação da infraestrutura e da urbanização”, explica.

De acordo com Silva, as obras foram realizadas em diversos pontos da cidade, não somente em áreas tradicionalmente turísticas. Por meio do projeto Bairro Maravilha, por exemplo, que revitaliza vias com infraestrutura degradada, mais de 32 ruas do Engenho de Dentro, onde fica o Estádio Olímpico João Havelange, foram beneficiadas.

“Com esse projeto, a gente consegue resgatar essa infraestrutura novamente, refazendo drenagem de águas pluviais, refazendo redes de esgoto, implantando novas redes de água potável junto à Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), fazendo calçadas, passeios com acessibilidade previstos em normas, iluminação pública, paisagismo e  pavimentação”, enumera.

No entorno do estádio também está a Praça do Trem, uma área de cerca de 35 mil m² que passou por reparos em galpões históricos tombados, tanto no paisagismo e quanto na iluminação. O local tornou-se mais um espaço para a cultura e o lazer dos cariocas. A praça ganhou ainda a Nave do Conhecimento, com espaços digitais que oferecem acesso gratuito à internet e tecnologia e que estão presentes em outros oito locais da cidade.

Mobilidade
Para o secretário executivo de coordenação de governo, Rafael Picciani, o maior legado dos Jogos é a estrutura de transportes. Até 2009, menos de 18% dos habitantes da cidade eram atendidos por transporte de massa. No próximo ano, 63% poderão utilizar a rede de alta capacidade, uma combinação entre corredores exclusivos de ônibus articulados (BRT), Veículos Leves sobre Trilhos (VLT Carioca), barcas, trens e metrô.

No total, serão 155 quilômetros de vias para BRT construídas em toda a cidade. Entre as obras estão os corredores BRT Transoeste, que vai da Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande; o BRT Transcarioca, que passa por 27 bairros da cidade; o BRT Transolímpica, que liga o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro e vai ser utilizado, diariamente, por 70 mil pessoas; e o BRT Transbrasil, que irá conectar o Centro a Deodoro.

VLT
Inaugurado no início do mês, o VLT é uma espécie de bonde moderno que se conecta a ônibus, barcas, trens, metrôs, Teleférico da Providência e também ao Aeroporto Santos Dumont. “Coroamos um pouco essa rede de mobilidade urbana com a entrega do VLT, que, apesar de ser um trecho dentro da área central, vai ser o trecho mais integrador do nosso sistema”, afirma Picciani. Futuramente, o VLT irá se conectar ao BRT e atender 300 mil passageiros por dia. “É uma grande inovação tecnológica, pouco conhecida nas outras cidades brasileiras, mas já é um sucesso”, comemora.

A facilidade no deslocamento e a descentralização de áreas de esporte e lazer já provocam um contrafluxo na cidade, o que diversifica as opções da população, observa Picciani. “Antes, o jovem do subúrbio precisava, necessariamente, para desfrutar de equipamentos de qualidade, vir pra a área mais nobre. E, de repente, você vê o inverso. Esse é um grande legado também”, destaca.

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