Felipe Kitadai teve uma disputa intensa para se garantir na seleção de Judô que vai aos Jogos do Rio. Eric Takabataki ficou 21 pontos à sua frente no ranking da categoria até 60kg, que foi considerado pela CBJ em um empate técnico. Com isso, a entidade optou pela experiência do medalhista olímpico Kitadai. Mas o quanto essa disputa o ajudou a evoluir no judô?
"Inevitavelmente a gente tem que crescer, ainda mais quando tem um cara mordendo o seu sapato. Então isso não deixou que a gente se acomodasse. Foi sadio, tanto para mim quanto Eric, isso foi importante. Eu saí muito fortalecido nessa disputa. Não vou deixar a peteca cair, pois além do meu sonho, carrego junto o do Eric e vou com a força redobrada para os Jogos Olímpicos", explicou Felipe, em entrevista ao Surto Olímpico na apresentação da seleção brasileira de Judô, na última quinta-feira.
Felipe Kitadai está confiante no seu momento e diz que em um comparativo com 2012, está muito melhor tecnicamente: "É até engraçado pensar nisso, mas penso que o Felipe de 2012 não teria chance contra o de hoje. Hoje estou mais forte e preparado do que em 2012".
Medalhista de bronze em Londres, Kitadai é um dos grandes nomes da seleção, mas acredita que isso não lhe traz nenhuma pressão extra: "O que já fiz, está feito. Cada competição é uma competição diferente, eu chego lá em igualdade com todos. Estou entre os 22 melhores do mundo e vou começar com zero vitórias, como todos".
Kitadai revelou também sua grande inspiração para vencer em casa: "Ainda não tive uma real experiência de disputar uma competição em casa, mas eu assisto muito os vídeos do Ayrton Senna e pra mim o vídeo mais impressionante é quando ele ganha a primeira vez no Brasil em 1991 [Nota: a reação do Kitadai e outros atletas ao ver o vídeo pode ser vista abaixo]. Isso foi realmente o fator casa, com todos os problemas, com a marcha de câmbio quebrada, o fator casa realmente ajuda. Não estou contando com ele (fator casa), porque eu tô me preparando para qualquer coisa. Se ele vier, que me ajude".
Sobre o psicológico e a preparação do judoca para dar o seu melhor em um único dia, Felipe minimizou: "A gente compete tanto que isso acaba sendo normal. Eu já sei como é competir em uma Olimpíada e eu estou tranquilo em relação a isso". Sobre sua expectativa sobre os Jogos, ele foi taxativo: "Vou buscar o ouro".
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