Foto: CPB |
Os velocistas da Seleção Brasileira foram os responsáveis pelos
principais resultados do segundo dia de disputas do Open Internacional
Caixa Loterias de Atletismo Paralímpico. Na quinta-feira (19), nomes
como Petrúcio Ferreira, Terezinha Guilhermina e Verônica Hipólito
brilharam na pista do Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, o Engenhão. A
competição funciona como evento-teste para os Jogos Paralímpicos de 2016.
Petrúcio Ferreira e Yohansson do Nascimento
protagonizaram um duelo acirrado pela medalha de ouro dos 100m da classe
T47 (amputados de braço). No fim, melhor para Petrúcio, que fez o
melhor tempo do mundo em 2016: 10s85. A marca de Yohansson, 10s95,
também o colocou no topo do ranking mundial, atrás apenas do
compatriota.
A medalha de ouro nos 100m representou ainda mais
para Petrúcio. Ele perdeu o Mundial de Doha, em outubro do ano passado,
por causa de uma lesão na coxa direita. A recuperação envolveu até uma
mudança temporária de João Pessoa (PB) para São Caetano do Sul (SP),
onde fez a recuperação no centro de referência da modalidade.
“Recebi
muito apoio do CPB para treinar em São Paulo no início deste ano. Fico
muito feliz com essa marca porque uma lesão muscular afeta a sua parte
psicológica. Não vou mentir e dizer que não fiquei com medo. Ainda tinha
a memória da lesão na cabeça, mas quando me aproximei da linha pude
relaxar e chegar sem dor”, afirmou o garoto de 19 anos.
A disputa
dos 100m também contou com grande emoção na classe T11 feminina, para
atletas totalmente cegas. Melhor para a tricampeã paralímpica Terezinha
Guilhermina, que registrou o tempo de 11s25. A marca foi idêntica à de
Lorena Spoladore, que ficou com a prata após a conferência no photo
finish. Jerusa Geber completou o pódio (12s30).
A versão masculina
da mesma prova também foi bastante apertada. Felipe Gomes ficou com a
vitória em 11s29, apenas seis centésimos mais rápido do que o
vice-campeão paralímpico da prova, Lucas Prado (11s35).
Os 100m da
classe T38 (paralisados cerebrais) marcaram o retorno de Verônica
Hipólito à Seleção Brasileira. Afastada após uma cirurgia para retirada
de pólipos intestinais desde agosto do ano passado, a velocista venceu a
disputa com o tempo de 13s27 – sua melhor marca desde a edição de 2015
do Open, quando registrou 13s25.
“Pensei que faria por volta de
13s70 ou até mais do que isso. Fiquei com medo de sentir dor. Quase não
treinei nas últimas duas semanas por causa de um resfriado. Então,
conseguir correr desta forma, me deixa mais confiante para chegar à casa
dos 12s. Pode ter certeza que eu vou dar muito trabalho para as minhas
adversárias”, disse Verônica.
O evento seguirá nesta sexta-feira (20). A partir das 16h, os velocistas retornarão para as disputas de 200m e
400m que fazem parte do programa dos Jogos Paralímpicos. Yohansson
Nacimento, Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito estão entre os que
competirão. O dia também marcará a estreia do campeão mundial Daniel
Tavares (T20, deficientes intelectuais), que correrá justamente a prova
que o consagrou em Doha-2015, os 400m.
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