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Mostrar para o mundo que o Brasil está preparado. Esse foi o objetivo da
Semana Internacional de Segurança para os Jogos Rio 2016, encerrada
na terça-feira (17) na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O
evento, promovido pela Secretaria Extraordinária de Segurança para
Grandes Eventos do Ministério da Justiça (SESGE/MJ) teve início na
última quinta-feira (12.5) e contou com a presença de 475 autoridades e
representantes de 77 países que terão delegações nos Jogos de 2016.
A Semana foi composta de dois eventos. Inicialmente, o 2º Briefing
Internacional de Segurança para os Jogos de 2016, foi a oportunidade em
que todas as instituições responsáveis pela operação de segurança
apresentaram os planos para os representantes estrangeiros, incluindo os
profissionais responsáveis pela segurança de delegações e de comitês
olímpicos e paralímpicos nacionais. Na ocasião, foram detalhados
documentos elaborados em conjunto por instituições de segurança pública,
defesa civil e ordenamento urbano dos três níveis de governo: União,
Estado e Município do Rio de Janeiro.
A seguir, o Seminário Internacional de Segurança para os Jogos Rio
2016 promoveu o intercâmbio de informações entre os profissionais de
segurança pública brasileiros e estrangeiros. Agentes que atuaram na
segurança dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, no enfrentamento ao
terrorismo na Maratona de Boston em 2013 e nos ataques terroristas de
Paris, em 2015, entre outros, puderam compartilhar experiências com as
instituições brasileiras.
O ex-superintendente da Royal Canadian Mounted Police (RCMP, a
polícia montada do Canadá), Mike McDonell, após compartilhar experiência
dos Jogos de Londres 2012, elogiou a iniciativa do evento. “O
compartilhamento de informações sobre segurança permite uma prática mais
efetiva a partir do aprendizado de outras experiências. A palavra-chave
neste trabalho é integração e temos visto o Brasil muito bem
preparado”.
Para Colm Lydon, Comissário Titular da Polícia de Boston (EUA), “o
Brasil já mostrou que tem habilidade em prover segurança em grandes
eventos quando foi sede da Copa do Mundo FIFA 2014. É claro que as
Olímpiadas são o maior evento do mundo, mas eu acredito que o Brasil
construiu e aprendeu de todos os eventos o necessário para 2016”. Lydon
trouxe aos profissionais brasileiros a experiência adquirida na resposta
aos atentados terroristas perpetrados durante a Maratona de Boston, em
2013.
O francês Eric Gigou, chefe da RAID – unidade da polícia francesa
responsável por contraterrorismo, libertação de reféns, gerenciamento de
crises e capturas de criminosos perigosos – elogiou o evento. “Somente
realizar esse seminário já é um esforço enorme, além da oportunidade de
perguntarem a todos nós sobre nossas experiências e também trocarmos
essas experiências tão ricas. Acredito que o sucesso de uma operação
está justamente na coordenação e cooperação, dando importância a todos
os elos dessa corrente, na união dos profissionais”, disse o francês,
que abordou a série de ações anti-terrorismo da França, destacando a
integração como elemento chave da preparação brasileira em termos em
termos de segurança.
Para Andrei Rodrigues, titular da Secretaria Extraordinária de
Segurança para Grandes Eventos, o encontro no Rio de Janeiro atingiu seu
objetivo. “A proposta era mostrar a maturidade do planejamento da
operação de segurança para os Jogos Rio 2016. Esta foi mais uma troca de
experiências e nós tivemos a oportunidade de apresentar a preparação
para este que é o maior de todos os eventos que o Brasil vem recebendo
nos últimos anos”, afirmou.
Este é o segundo evento para divulgação da operação de segurança
baseado no Plano Estratégico de Segurança Integrada (PESI) e no Plano
Tático Integrado (PTI) para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A
primeira edição do Briefing Internacional de Segurança para os Jogos Rio
2016 ocorreu em novembro de 2015.
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