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Campeonato Ibero-Americano de Atletismo 2016 - Dia 1

Foto: CBAt
Fabiana Murer foi o destaque do primeiro dia do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, que é o evento-teste da modalidade para os Jogos de 2016, que está sendo realizado no Estádio Olímpico do Engenhão.

A saltadora, medalha de prata no Mundial de 2015, disputado em Pequim (CHN), com a marca de 4,60 m, ela pôde fazer muitos saltos, conhecer o seu setor no estádio olímpico: "Ainda não estou pronta para competir, mas fiz questão de tirar o máximo proveito desta oportunidade. Fiz oito saltos e senti falta de velocidade no final. A pista é muita boa e isso me dá maior confiança para a Olimpíada", comentou a vice-campeã mundial no ano passado em Pequim, na China.

Fabiana começou a saltar a 4,40 m e passou na segunda tentativa. Ultrapassou na sequência de primeira 4,50 m e de segunda 4,60 m. Depois falhou nas três tentativas de passar os 4,70 m. "Volto agora para casa e retomo os treinos na segunda-feira, com ênfase na velocidade para competir na Europa a partir de junho", disse Fabiana, que estreia na Liga Diamante no dia 2, em Roma, na Itália.

Joana Costa, a outra brasileira da prova, dividiu a medalha de bronze com a argentina Valeria Chiaraviglio, com 4,10 m. A prata ficou com Diamara Planell, de Porto Rico, com 4,30 m. 

No começo do sábado (14), Altobeli Santos da Silva conquistou os 3.000 m com obstáculos, com 8:33.72, e comemorou o feito antes mesmo de cruzar a linha de chegada. "Quando vi que não iria melhorar minha marca pessoal decidi correr para garantir o ouro. Comecei com força e terminei com alegria e emoção", disse o atleta de 25 anos, já qualificado para os Jogos Olímpicos, e que tem 8:28.56, como recorde pessoal. 

"A final foi às 11 horas, estava quente, mas não vai faltar oportunidade para melhorar a marca", afirmou o corredor, que achou a nova pista do Engenhão "excelente" e "muito rápida". "Ela te empurra para a frente", finalizou Altobeli, que correrá ainda os 5.000 m na segunda-feira.

Joaquin Arbe, da Argentina, ficou com a medalha de prata, com 8:40.21, seguido de Ricardo Estremara, de Porto Rico, com 8:40.87. O brasileiro Jean Carlo Dolberth Machado terminou em 9º lugar, com 9:04.18.

Nos 3.000 m com obstáculos feminino, a paranaense Tatiane Raquel da Silva conquistou a medalha de prata, com 9:46.86, melhor tempo de sua vida. Ela ficou muito perto do índice olímpico de 9:45.00. "Estou satisfeita com a medalha e sei que dei tudo o que pude na prova, estou crescendo progressivamente. Só vivo a expectativa de alcançar o índice", comentou. A campeã foi a argentina Belen Casetta, com 9:42.93, enquanto a peruana Zulema Arenas ficou com o bronze (9:56.04). A brasileira Erika Oliveira Lima abandonou a prova.

No salto em altura, a paranaense Valdileia Martins conquistou a medalha de prata, com 1,84 m. "Não fiquei satisfeita com o resultado. Esperava mais. Agora é retomar os treinos e as competições", disse a atleta, que saltou 1,88 m este ano. Julia Cristina Silva terminou em 4º lugar, com 1,75 m.

A medalha de ouro ficou com a norte-americana Chaunte Lowe que obteve a melhor marca do mundo em 2016, com 1,96 m. O bronze foi para a espanhola Raquel Alvarez, com 1,84 m.

O lançamento do martelo feminino apontou as primeiras medalhistas da competição. Com quatro participantes, a argentina Jennifer Dahlgren foi a campeã, com 65,87 m. A gaúcha Anna Paula Magalhães e a catarinense Mariana Grasielly ficaram com as medalhas de prata e de bronze, com 61,42 m e 60,91 m, respectivamente.

"Foi a melhor marca de minha vida, mas a gente sempre quer mais", disse Anna Paula. "Estou feliz por ganhar a medalha no Engenhão, o palco da Olimpíada", concluiu.

Outro bom resultado foi obtido por Rosangela Santos, campeã dos 100 m, com 11.24 (0.6). Com isso, ratificou o índice de 11.32 para os Jogos do Rio e mostrou-se feliz com o desempenho. "Depois de ter ido muito mal na semifinal (11.53), consegui fazer uma boa prova. Preciso ganhar ritmo de competição e para isso vou participar de alguns meetings na Europa. O objetivo, claro, é ir bem na Olimpíada", comentou a velocista, que neste domingo disputa os 200 m.

A velocista, entretanto, se envolveu em uma polêmica. Após a eliminatória da manhã, o repórter Vinicius Nicoletti, do portal UOL entrevistou Rosângela, que discutiu com o repórter.

Na prova masculina, Bruno Lins conquistou a medalha de prata, com 10.28 (0.4), repetindo pela terceira vez a melhor marca de 2016. "Queria ser mais rápido, mas não deu. Estou feliz com a minha medalha e o meu lugar no pódio", comentou o atleta, que tem 10.16 como recorde pessoal. O campeão foi o dominicano Stanly Cruz, com 10.27.

No salto em distância, o Brasil ficou com os três lugares no pódio. Eliane Martins, Keila Costa e Jéssica Carolina dos Reis ficaram com o ouro, prata e bronze, respectivamente. Eliane venceu com 6,52 m (0.2), enquanto Keila conseguiu 6,43 m (0.3) e Jéssica, 6,31 m (0.4). "Tenho conseguido os melhores resultados de minha carreira desde o ano passado, o que me deixa animada nesta preparação para a Olimpíada", disse Eliane, qualificada para os Jogos.

Darlan Romani, mesmo sem apresentar regularidade, venceu o arremesso do peso. Ele conseguiu apenas uma marca válida - 19,67 m, na segunda tentativa -, o que bastou para assegurar o ouro. "Estou bem treinado, mas não estou acertando os arremessos. Tenho muita esperança de que até o Troféu Brasil vou conseguir o índice olímpico e repetir os meus melhores resultados", afirmou, referindo-se aos 20,84 m e os 20,90 m feitos no início de 2015. O índice é de 20,50 m.

Willian Dourado conquistou o bronze na prova, com 18,96 m, recorde pessoal. A prata foi para o argentino German Lauro, com 19,05 m.

No lançamento do martelo, Wagner Domingos também conquistou o ouro, com 72,18 m. Montanha, como é conhecido, não gostou da marca. "Acho que entrei ansioso demais na prova, querendo acertar de todo o jeito e acabei errando", comentou o atleta, que só fez dois lançamentos válidos dos seis que teve. No último dia 7, em Zagreb, na Croácia, Montanha bateu o recorde brasileiro, com 75,60 m. Allan Wolski, companheiro de treino do campeão, ficou com o bronze, com 71,69 m, melhor marca pessoal do ano. Roberto Furtado, da Costa Rica, levou a prata, com 72,15 m.

Outra medalha de ouro brasileira foi conquistada nos 3.000 m, com Juliana Santos, com ótima arrancada na volta final. A brasileira completou a distância em 9:03.11. "Esta prova não é olímpica, mas é uma referência muito boa para os 5.000 m", lembrou a corredora, campeã nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. "Vou para a Europa em busca de competições fortes para tentar uma vaga na Olimpíada", completou. 

No encerramento do primeiro dia, Caio Bonfim venceu os 20.000 m marcha, com 1:26:40.7, cruzando a linha de chegada bem à frente do segundo colocado, o argentino Juan Cano. "Em condições normais conseguiria um resultado melhor", lembrou o brasiliense, que no sábado passado terminou em oitavo lugar no Mundial de Roma. "A competição não seria um grande problema, mas o desgaste com a viagem pega um o pouco", completou o marchador, que no fim de maio disputa o GP de La Coruña, na Espanha. 

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