Arthur Zanetti (Foto: CBG) |
O Brasil conquistou 13 medalhas na etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica Artística, encerrada no domingo (22). No total fora oram seis medalhas de ouro, quatro de prata e três
de bronze. Com destaque para Danielle Hypólito, que levou três ouros.
Sérgio Sasaki fez uma série impecável na barra fixa e foi o adversário a
ser batido pelos demais concorrentes. Com 15,250 ninguém conseguiu
alcançar o brasileiro, que comemorou no pódio a medalha de ouro. Já
Arthur Nory Mariano não teve a mesma felicidade em um de seus aparelhos
preferidos. Com uma rotina com grau de dificuldade bastante grande,
acabou soltando a barra em um momento e caiu, deixando escapar uma
medalha no aparelho. A nota foi 14,200 e Nory ficou com a quinta
posição. A medalha de prata foi para o japonês Kaito Imabayashi, com
15,250, e o bronze para o argentino Nicolas Córdoba, com 14,800.
A disputa das argolas era o momento mais esperado pelo público e o
campeão olímpico Arthur Zanetti cumpriu as expectativas com mais uma
apresentação brilhante. Zanetti alcançou 15,800 e mostrou porque é o
grande nome do aparelho na atualidade, conquistando mais um ouro. O
argentino Federico Molinari fez 15,050 e garantiu o segundo lugar,
seguido pelo japonês Kaito Imabayashi, com 14,700. Francisco Barretto
também representou o Brasil no aparelho e com 14,250 foi o sexto
colocado.
Apesar da nota um pouco mais baixa do que a das
classificatórias, Arthur Zanetti disse que é normal. "Nas finais, os
árbitros ficam um pouquinho mais rigorosos mesmo, porque é uma disputa
de medalha. Saí satisfeito com a minha prova e é isso que importa."
Ovacionado pelo público, o campeão olímpico diz que se sente
prestigiado. "É muito bom ter a torcida acompanhando a ginástica. É um
incentivo enorme que a gente tem para voltar ao ginásio e seguir
treinando para conseguir mais resultados. Está sendo um treino para a
principal competição do ano que é a Olimpíada. Este ano já tivemos o
evento-teste e agora essa Copa. Está sendo bem produtivo e estou
conseguindo me adaptar bem com a presença desse público enorme. Minha
meta foi cumprida."
Daniele Hypolito fez a alegria da torcida ao
fechar a competição de solo. Ela somou 13,950 e conquistou o primeiro
lugar no pódio. A jovem Carolyne Pedro completou a dobradinha brasileira
com o bronze (13,300) ao lado da chilena Simona Castro. A segunda
colocação ficou com a alemã Kim Bui, com 13,550.
Carolyne, que
se juntou à Seleção Adulta este ano, ficou muito satisfeita com a
medalha em casa. "Estou muito feliz por ter conseguido esse bronze. Acho
que esse resultado pode me ajudar, como a equipe que irá aos Jogos
Olímpicos ainda não foi totalmente definida. Estou treinando muito para
isso. Essa experiência e o evento-teste podem me ajudar", comentou a
ginasta.
Com a torcida mais uma vez a favor, dois brasileiros
disputaram a final de salto masculino. Arthur Nory foi o primeiro a
competir e se saiu muito bem nos dois saltos. O primeiro teve nota
15,000 e o segundo 14,600, somando 14,800. O resultado deu a ele a
medalha de ouro. Ao lado de Nory no pódio, Sérgio Sasaki conquistou a
prata, com 14,675 (15,150 no primeiro e 14,200 no segundo). O japonês
Jumpei Oka foi medalha de bronze, com 13,775 (13,400 no primeiro e
14,150 no segundo).
"Eu estava bem focado na barra e no solo,
que são meus melhores aparelhos, mas acho que estava um pouco nervoso.
As séries são novas. Depois que eu errei na barra eu tive que voltar ao
foco, formar uma bolha e voltar. Deu certo." Coincidentemente, Nory
disputou hoje as finais de dois aparelhos ao lado do companheiro Sasaki e
ele disse que o companheirismo entre os dois está sempre presente. "Não
temos rivalidade. Somos 12 na Seleção e todos estão buscando fazer o
melhor. Somos uma família. A cada competição temos que tentar fazer bem
feito o que treinamos."
Para Sasaki, que retornou este ano às
competições após se recuperar de duas cirurgias, a felicidade é grande.
"Medalha é sempre bom, mas esse não era o principal foco. Estou voltando
e quero estar bem e à disposição da Seleção para as próximas
competições", resumiu o atleta.
A trave encerrou a disputa das
finais, mais uma vez com duas brasileiras no foco. Daniele Hypolito e
Rebeca Andrade dividiram a atenção do público e no final também subiram
juntas ao pódio. Daniele, muito concentrada, fez uma ótima série e
garantiu a medalha de ouro mais uma vez, com 14,350. A chilena Simona
Castro somou 13,050 e ficou com a prata. Já Rebeca, apesar de uma
pequena queda, teve um bom desempenho e ficou com o bronze, com 13,000.
"Isso da um gás para a preparação. Sabemos que falta muito a ser feito,
mas estamos fazendo um bom trabalho e ele já começou a dar resultado.
Temos noção de que faltou muita gente nessa Copa, mas conseguimos ter
uma ideia de tranquilidade para a Olimpíada. Eu esperava fazer meu
trabalho bem feito, mas não esperava três ouros", confessou Daniele.
"Para nós foi um grande teste, principalmente, com relação à torcida."
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