A histórica chama olímpica já está sob a "responsabilidade" do
povo brasileiro. Depois de ser acesa em Olímpia, no último 21 de abril, e
percorrer 27 cidades da Grécia – em um revezamento que rodou mais de
2.200 quilômetros por todos os cantos do país europeu –, a tocha foi
entregue oficialmente nesta quarta-feira (27.04) pelo presidente do
Comitê Olímpico Helênico, o grego Spyros Capralos, ao presidente do
Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.
A 100 dias dos Jogos Rio 2016, que terão a Cerimônia de Abertura em 5
de agosto, as arquibancadas do lendário estádio Panathinaiko, sede dos
primeiros Jogos da era moderna, em 1896, estavam tomadas pelas cores
verde, amarela, azul e branca. A sintonia e a harmonia entre gregos e
brasileiros, que a todo momento soltavam gritos de "Brasil, Brasil!",
resumiam o espírito de união e paz entre os povos.
Agora, o destino da tocha é Genebra, na Suíça, para uma cerimônia na
Organização das Nações Unidas (ONU), no sábado (29.04). Um dia depois,
ela é levada ao Museu Olímpico, em Lausanne, onde fica a sede do Comitê
Olímpico Internacional (COI).
O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, estava presente e representou a
presidenta Dilma Rousseff durante a cerimônia. "Foi emocionante,
tocante. Recebemos agora o fogo olímpico. Vamos para Genebra (Suíça), na
ONU, já a caminho do Brasil", disse o ministro.
Leyser destacou ainda o significado do espírito olímpico e a
importância da chama para o mundo. "A mensagem é de união dos povos, dos
valores do esporte. São mensagens que há séculos os gregos criaram e
que, desde os Jogos Olímpicos modernos, a chama representa", disse.
Para Carlos Arthur Nuzman, é hora de o mundo voltar suas atenções
para o Rio de Janeiro. "Agora a chama está com o Brasil e é nosso
trabalho continuar a organização dos Jogos. Aqui foi uma cerimônia
emocionante e que simboliza a história dos 120 anos dos Jogos Olímpicos
modernos", reforçou o presidente do Comitê Organizador Rio 2016.
Última atleta a participar do revezamento da tocha olímpica na Grécia
e responsável por acender a pira no centro do estádio Panatenaico, a
remadora Katerina Nikolaidou destacou a importância desse momento para o
povo grego e garantiu que o Brasil está preparado para fazer uma festa
incrível em agosto. "Nem acreditei quando disseram que eu iria acender a
pira. Fiz isso por mim, pela minha família e pelos meus irmãos gregos.
Tenho certeza de que a festa no Brasil vai ser tão bonita quanto foi
aqui", disse Katerina.
Cerimônia
O evento começou com uma apresentação do Concerto Nacional de Ópera
da Grécia e da banda filarmônica de Atenas. Depois disso, seguindo a
tradição, as bandeiras do Brasil e da Grécia entraram na pista do
estádio Panatenaico às 18h (12h no Brasil). Um coro de crianças cantou
os hinos nacionais dos dois países.
Na sequência, a alta sacerdotisa, interpretada novamente pela atriz
grega Katerina Lehou – a mesma que acendeu a tocha em Olímpia –, entrou
na arena acompanhada de outras 29 sacerdotisas, carregando a tocha. Elas
dançaram ao som da marchinha "Cidade Maravilhosa" e arrancaram aplausos
do público.
A pira então foi acesa pela campeã mundial de remo, a grega Katerina
Nikolaidou. Depois dos discursos de Nuzman e Capralos, a alta
sacerdotisa acendeu a tocha novamente na pira olímpica e passou para as
mãos do presidente do comitê grego. Capralos, então, entregou
oficialmente a chama, em uma lamparina, para o brasileiro.
Foto: Brasil 2016
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