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Surto Entrevista: Nick Zaccardi (NBC)


O Surto traz neste sábado uma entrevista com Nick Zaccardi, editor do Olympic Talk da NBC, detentora dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos nos Estados Unidos. Na conversa, Nick fala sobre as expectativas em relação aos Jogos do Rio 2016, delegação norte-americana e cobertura do evento.

- Quais as suas expectativas para a primeira edição dos Jogos Olímpicos na América do Sul?

Muitos aqui nos EUA estão com bastante animados com os Jogos em razão do caráter animado do Rio de Janeiro. A atmosfera festiva que vemos no Carnaval e também quando as duplas de vôlei de praia jogavam em Olimpíadas passadas. Além do mais, os Jogos Olímpicos serão realizados em um fuso horário semelhante ao dos EUA pela primeira vez em 20 anos. É ótimo sair da tradição dos terceiros Jogos Olímpicos realizados em Londres para um novo sentimento de uma edição dos Jogos na América do Sul. Espero experiências inéditas.

- O fuso horário do Brasil é parecido com os dos EUA. Esse fator pode ajudar a imprensa norte-americana na cobertura dos Jogos?

Definitivamente vai. Todos os eventos acontecerão em horários mais acessíveis para os telespectadores dos Estados Unidos do que os horários de Jogos na Europa e na Ásia. A cobertura da NBC nos Jogos Olímpicos tem crescido a cada Olimpíada. Temos várias emissoras a cabo e o NBCOlympics.com para fazer uma cobertura extensiva de cada um dos esportes.

- Na sua opinião, qual será o maior atleta dos EUA nos Jogos de 2016?

Depende da definição de "maior". Quem vai ganhar o maior numero de medalhas? Talvez um nadador como Michael Phelps ou Katie Ledecky. Talvez a ginasta Simone Biles, pois eles tem várias oportunidades de medalhas. Claro que tem os atletas de esportes coletivos, como LeBron James, Stephen Curry e Alex Morgan, que são mais reconhecíveis do que Ledecky e Biles.

- A Natação dos EUA conquistou 16 ouros em Londres 2012, mas no Mundial de 2015 conseguiu apenas oito, sendo que desde 2001 o país não conquistava menos de 10 medalhas na competição. É algo preocupante ou as perspectivas para os Jogos do Rio são diferentes, com o retorno de Phelps e a melhor forma de Missy Franklin?

Definitivamente o desempenho no Mundial deve ser levado em conta quando se trata da equipe dos EUA. Entretanto, a equipe não tinha Phelps, enquanto Franklin não se preparou adequadamente após encerrar a carreira de nadadora universitária, trocou de treinadores antes do Mundial e ainda estava retornando de uma contusão nas costas. Além disso, o Mundial foi na Rússia. Os Jogos Olímpicos no Hemisfério Ocidental devem ajudar os nadadores dos EUA contra os seus maiores rivais: Austrália e China.

- Nos Jogos de Londres 2012 os EUA alcançaram 101 medalhas. Quais as expectativas para o Rio de Janeiro?

As projeções de medalhas baseadas nos últimos campeonato Mundiais apontam a China com mais medalhas que os EUA, mas o mesmo foi dito antes de Londres 2012 e os EUA terminaram na frente do quadro de medalhas. Novamente, Jogos no Hemisfério Ocidental são mais favoráveis aos EUA do que para a China. As expectativas são ganhar o maior número de ouros e também de medalhas, mas a prioridade é ter mais medalhas.

- Se você pudesse apostar em uma medalha inesperada para os EUA, qual seria? 

Esgrima. Os EUA conquistaram apenas um bronze por equipes em Londres 2012, mas agora têm jovens e talentosos esgrimistas em todas as três disciplinas, além da liderança de Mariel Zalgunis, campeã Olímpica no Sabre em 2004 e 2008. Todos os quatro medalhistas no Mundial de Esgrima em 2015 têm 25 anos ou menos e os Jogos no Hemisfério Ocidental irão facilitar contra esgrimistas da Europa e da Ásia.

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