No mesmo dia em que foi inaugurado oficialmente, o Circuito de Canoagem
Slalom dos Jogos Olímpicos Rio 2016 recebe o primeiro dia de
competições evento-teste da Canoagem Slalom. Mais de 120 atletas de 26 países competem desta quinta (26) até o domingo (29) para testar a instalação, área médica,
resultados e os voluntários.
Antes de as provas terem início no período da tarde, uma cerimônia foi realizada no local para celebrar a inauguração oficial do espaço. O
evento contou com a participação do secretário executivo do Ministério
do Esporte, Marcos Jorge Lima, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo
Paes, e do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.
O Circuito de Canoagem Slalom está inserido Parque Olímpico de
Deodoro, que recebeu um investimento total de R$ 846,3 milhões do
governo federal para ser erguido. O complexo conta ainda com as pistas
de ciclismo BMX e mountain bike, o Centro Nacional de Hipismo, a Arena
Deodoro, a Arena de rúgbi e pentatlo moderno, o Centro Aquático de
pentatlo moderno, o Centro Nacional de Tiro Esportivo e o Centro
Nacional de Hóquei sobre Grama.
As pistas
O Circuito de Canoagem Slalom conta com duas pistas em sua estrutura:
uma voltada para o alto rendimento, que será utilizada para as
competições dos Jogos Rio 2016, e outra menos inclinada, destinada à
iniciação de jovens na modalidade. Além de servir como legado para os
atletas profissionais e iniciantes, a estrutura poderá ser aproveitada
como opção de lazer para a comunidade.
“Nosso objetivo para Deodoro foi formatar uma pista técnica, com
características que permitissem aos atletas usar habilidades das mais
variadas, além da experiência. Por isso, a água não poderia correr tão
velozmente. E ainda trabalhamos para fazer uma pista versátil”, detalhou
Jaroslav Pollard, professor doutor da Universidade Técnica Tcheca, de
Praga, que comandou a equipe de engenheiros responsável pela elaboração
do projeto.
Criada para simular os efeitos de uma corredeira natural, a pista
artificial criada por Pollard e sua equipe tem vantagens importantes.
“Garantimos mais nível técnico ao esporte, se ganha economicamente, o
meio-ambiente fica protegido e a construção ainda se torna parte de um
legado”, enumerou.
Elite na água
Entre os atletas que irão competir no evento-teste até domingo estão
grandes nomes da modalidade, como o italiano Daniele Molmenti, campeão
olímpico no K1 nos Jogos de Londres 2012 e Mundial em 2010; o tcheco
Jiri Prskavec, campeão mundial no K1 em 2015 tanto no individual quanto
por equipes; a francesa Emilie Fer, medalha de ouro no K1 feminino em
Londres 2012; e os gêmeos eslovacos Pavol e Peter Hochschorner, donos de
três medalhas de ouro (Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008) e uma de
bronze (Londres 2012) no C2 masculino.
Os atletas tiveram cinco dias para treinar no circuito (de 21 a 25 de
novembro) antes da estreia na competição e destacaram o nível de
dificuldade da corredeira. “Requer muito da parte mental, porque não dá
descanso. É preciso manter o foco na descida toda”, diz o italiano
Molmenti. “Exige muito da gente quanto a ter habilidades”, acrescenta o
brasileiro Leonardo Curcel, sexto colocado no C1 no Mundial Júnior de
Wausau 2012, nos Estados Unidos.
Fotos: Brasil 2016/Heusi Action
0 Comentários