A
segunda medalha do Brasil no Campeonato Mundial Junior de Natação, que acontece em Cingapura (SIN), veio neste sábado (29), com Brandonn Almeida, prata nos 400m medley, prova em
que é o atual recordista mundial da categoria.
Confirmando que veio
para ficar na elite da natação brasileira, Brandonn fez 4m16s06 na
decisão e ficou atrás
somente do norte americano, Sean Grieshop (4m15s67). Com este resultado o
Brasil conquista a sua segunda medalha da competição e soma a 11ª na
história do Campeonato Mundial Junior. Ainda neste sábado, Pedro
Spajari registrou a nova melhor marca do campeonato, na eliminatória dos
100m
livre.
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A prova foi muito dura e como sabemos tinha os melhores do mundo. Eu esperava
ganhar uma medalha de outra cor, mas saio feliz em conquistar esta
medalha. Há dois anos atrás eu nadei esta competição como um dos novatos e fiquei
na nona colocação desta prova. Agora estou de volta e saiu com uma medalha.
Trabalhamos muito para isto acontecer e este resultado só vem provar que não
foi em vão – comentou Brandonn.
No último dia de competição, Brandonn
Almeida retornará as piscinas para nadar a prova final dos 1500m livre.
- Vai ser outra prova difícil, mas a gente tem mais uma chance de brigar por um pódio. Vou vir com tudo para representar o Brasil da melhor forma possível. Eu me cobro muito e vou sempre querer fazer o meu melhor. É muito bom fazer parte do grupo de medalhistas do Brasil – finalizou Brandonn Carlos Matheus, treinador da seleção brasileira em Cingapura.
- Nós estamos vindo de um excelente resultado no Pan, que também foi uma forte competição. O Brandonn nadou muito bem e conquistou uma excelente colocação. Temos que valorizar esta medalha, porque chegar aqui e ficar entres os três melhores do mundo é um conquista muito importante para a carreira desses atletas. Amanhã teremos mais uma prova forte e com certeza o Brandonn vai fazer o melhor para representar bem o país – analisou Carlos Matheus.
Na primeira semifinal da noite, dois brasileiros buscavam uma vaga para disputar a final dos 100m metros. Pedro Spajari, com 48s87, não só alcançou o direito de nadar a final, como registrou o novo recorde do campeonato mundial junior. Felipe Souza melhorou a marca das eliminatórias e garantiu sua raia na decisão.
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Estava com sintomas de gripe e não me senti tão bem antes da prova, tanto que
achei que não conseguiria ganhar a série, mas foi um espetáculo. Agora, é
partir para a final e tentar melhor esse tempo. Não tenho como descrever o que
sinto, mas sei que tenho muito que agradecer ao meu técnico Tiago (que está em
Cingapura), a todos da seleção, e a comissão técnica, que trabalha com a gente
no Pinheiros todos os dias. Sem eles eu não estaria aqui – comentou emocionado,
Pedro Spajari.
Felipe
Souza, com 49s62, ficou na quarta colocação e vai para a final nadar na raia
seis. Felipe nadou a segunda série semifinal. Com o astral confiante de um
velocista, Felipe analisou sua prova como não tão boa, mas que lhe dá confiança
para melhorar.
- Tentei passar mais forte do que de manhã,
mas esperava fazer um tempo mais baixo. Amanhã vou para a final confiante e sei
que tenho que fazer um tempo melhor – comentou Felipe Souza.
- Senti bastante a prova, faltou um pouco de força. Nadei mais na raça mesmo. Mas sei que estou entre os oito melhores do mundo e a gente não pode achar isso ruim. Nos 100m livre eu já mostrei que estou bem, a 'galera' tem um respeito maior, porque a gente adquiriu isso e vamos usar para o revê de amanhã – comentou Vinicius Lanza.
Rafaela Raurich, Gabrielle Roncatto, Sarah Marques e Maria Paula Heitmann fizeram 3m45s93 e ficaram na sétima colocação da decisão entre revezamentos, 4x100m livre. As meninas do Brasil levaram a seleção de volta para esta final, depois de ter ficado fora em Dubai, na edição de 2013. A Austrália venceu a prova com 3m39s87, obtendo mais um recorde mundial junior para o país. - Que queria ter a chance de nadar, mais uma vez. Pela manhã não fui tão bem, na minha maratona (Sarah nadou três provas eliminatórias). Senti bastante a volta da prova, mas passei bem forte os primeiros 50. O mais importante aqui foi ganhar a experiência de estarmos na final do campeonato Mundial e sempre nadar o máximo – comentou Sarah Marques. Mariana Paula Heitmann fechou o revezamento brasileiro, depois de ter nadado a semifinal dos 50m livre.
Na prova individual, a atleta mineira ficou na 15ª colocação, com 26s10. Maria Paula melhorou suas marcas todas as vezes que nadou. - Estou feliz por ter melhorado meu tempo, mas sinto que poderia ter feito um pouco melhor. Dei uma braçada a mais e não fiz uma boa chegada, mas faz parte. Só quem está aqui sabe que isso acontece. O revê também foi bom. Estar entre as oito melhoras seleções do Mundo é muito bom – comentou Maria Paula.
Foto: CBDA
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