Não que os chineses precisem, mas certamente o fato casa dará uma força ainda maior ao país que domina a modalidade. A última vez em que os chineses deixaram de ganhar todas as medalhas de ouro possíveis quando jogavam o Mundial em casa foi em 1961, na edição de Pequim.
Se dentro de quadra o domínio e favoritismo continua, fora delas parece que o tênis de mesa perde um pouco da popularidade na China. Muitos dos fãs passaram a apreciar mais os esportes coletivos, como futebol e basquete. Além disso, é colocado em dúvida o investimento feito em cima do tênis de mesa, uma vez que - no argumento apresentado - os chineses invariavelmente ganham as competições importantes.
O fato é que se a queda na popularidade existe em algum nível, não será na edição deste ano que isso apresentará mostras. Há duas semanas do início da competição os ingressos para as finais já estavam esgotados.
Abaixo você pode conferir um resumo de quem são os grandes mesa-tenistas chineses da atualidade e quem pode atrapalhar a festa local:
Simples Masculino:
Os quatro primeiros cabeças de chave são chineses. Ma Long é o número um, e busca finalmente conquistar um título Mundial após uma sequência de três medalhas de bronze nas últimas três edições. Para isso ele terá que passar por Zhang Jike, atual campeão olímpico e bi mundial, colocado como cabeça de chave número três.
Os outros dois chineses que devem chegar fortes são Xu Xin, que aos 25 anos se aproxima da maturidade técnica, e o jovem Fan Zhendong, medalha de ouro nas últimas Olimpíadas da Juventude. Sem tanto prestígio comparado aos companheiros, mas ostentando a camisa chinesa, completam a equipe Fang Bo e Liang Jingkun.
A ausência é a de Wang Hao, campeão mundial em 2009 e medalhista de prata nas Olimpíadas de 2008 e 2012, que anunciou a aposentadoria da equipe nacional no início do ano.
Entre os desafiantes internacionais o japonês Jun Mizutani puxa os cabeças de chave. Após cair nas quartas de finais em 2011 e decepcionar em Londres 2012, Mizutani ainda está cercado por uma dúvida sobre sua atuação em grandes competições.
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| Ma Long chega como um dos favoritos ao Mundial (Getty) |
Os alemães Dimitrij Ovtcharov e Timo Boll são as principais esperanças da Europa para evitar o monopólio chinês nas medalhas. O primeiro, mais jovem, vem de um bronze olímpico individual e possui potencial para encaixar um bom jogo contra um jogador da China em fases avançadas. Boll já foi número um do mundo, e aos 34 anos vem de um bronze individual obtido no último Mundial.
Marcos Freitas (Portugal), o eterno Vladimir Samsonov (Bielorrússia), Chuang Chih-yuan (Taipei), Koki Niwa (Japão) e Tang Peng (Hong Kong) fecham a listas de mesa-tenistas que podem aparecer fortes.
Os brasileiros Gustavo Tsuboi e Hugo Calderano entram na competição já na chave principal. Gustavo é o cabeça de chave #41, enquanto Hugo é o #45. Thiago Monteiro disputará as qualificatórias, enquanto Cazuo Matsumoto espera adversário.
A terceira fase é o objetivo realista da delegação brasileira, enquanto chegar até as oitavas seria um resultado excelente, mas que possui cabeças de chave melhor rankeados no caminho.
Simples Feminino:
Se no masculino é difícil alguém bater os chineses, no feminino o domínio é ainda maior. A última vez que uma mesa-tenista não chinesa subiu ao pódio do Mundial foi em 2005, e ainda foi uma atleta de Hong Kong - Lin Ling.
Este ano deve servir como um tira-teima entre as duas últimas campeãs: Li Xiaoxia e Ding Ning. A segunda tem a vantagem de ser a cabeça de chave #1, mas Xiaoxia defende o título olímpico, em que levou a melhor justamente sobre a rival na disputa do ouro.
No meio da disputa está Liu Shiwen, cabeça de chave #2 e que tem tudo para atrapalhar a rivalidade entre Xiaoxia e Ning. Yuling Zhu e Yang Wu ainda aparecem no top-8 das cabeças de chave para a China.
Um nome forte de Cingapura é Tianwei Feng, medalhista de bronze olímpica no simples e que entra no Mundial credenciada como cabeça de chave #4. As japonesas Kasumi Ishikawa e Ai Fukuhara também estão na briga.
As brasileiras são Gui Lin, Carolina Kumahara e Lígia Silva, que dependem do chaveamento para prever até quão longe podem chegar.
Duplas Masculinas:
Em 2013 o domínio chinês que vinha desde 1993 foi quebrado por Taipei, que desta vez chega ao Mundial com os atuais campeões Chen Chien-An e Chuang Chih-Yuan e com os cabeças de chave #1: Hung-Chieh Chiang e Sheng-Sheng Huang.
Entre as duplas chinesas, destaque para Xu Xin e Zhang Jike, que são os mais cotados para evitar uma derrota em casa. Olho também para o chinês Ma Long, que aproveitou a mudança de regulamento para fazer dupla com o alemão Timo Boll, em uma parceria histórica.
Do Japão vêm Kenta Matsudaira e Koko Niwa, que podem incomodar, assim como Tang Peng e Wong Chun Ting, de Hong Kong; os austríacos Robert Gardos e Daniel Habesohn e os chineses Fan Zhendong e Zhou Yu.
O Brasil tem Hugo Calderano e Gusatavo Tsuboi, que entram na competição como cabeças de chave #23 e podem surpreender.
Duplas Femininas:
Nos últimos 13 mundiais a China colocou duas duplas na final feminina. Além disso, desde 1979, somente uma dupla de fora da China chegou até a final da competição.
Li Xiaoxia é atual tricampeã ao lado de Guo Yue, mas em 2015 formará dupla com Ding Ning, o que não tira o favoritismo. A China ainda tem a dupla Liu Shiwen e Zhu Yuling.
Entre outros destaques asiáticos estão as japonesas Ai Fukuhara/Misako Wakamiya e Miu Hirano/Mima Ito, além da dupla de Cingapura composta por Tianwei Feng e Mengyu Yu.
As brasileiras Gui Lin e Caroline Kumahara chegam à competição como cabeças de chave #27.
Duplas Mistas
As duplas mistas representam a disputa mais imprevisível do Mundial. A Coréia do Norte defende o título com Kim Hyok-Bong e Kim Jong, enquanto a Coréia do Sul tenta a revanche da última final com Lee Sang-Su e Park Young-Sook.
A China será representada por duas duplas: Xu Xin/Yan Haeun e Yan An/Wu Yang, que certamente entrarão mais fortes do que em Paris, dois anos atrás.
O Brasil está inscrito com duas duplas: Gustavo Tsuboi/Gui Lin - cabeças de chave #31 - e Hugo Calderano/Caroline Kumahara.
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| Xiaoxia é a atual campeã olímpica (Getty) |
Este ano deve servir como um tira-teima entre as duas últimas campeãs: Li Xiaoxia e Ding Ning. A segunda tem a vantagem de ser a cabeça de chave #1, mas Xiaoxia defende o título olímpico, em que levou a melhor justamente sobre a rival na disputa do ouro.
No meio da disputa está Liu Shiwen, cabeça de chave #2 e que tem tudo para atrapalhar a rivalidade entre Xiaoxia e Ning. Yuling Zhu e Yang Wu ainda aparecem no top-8 das cabeças de chave para a China.
Um nome forte de Cingapura é Tianwei Feng, medalhista de bronze olímpica no simples e que entra no Mundial credenciada como cabeça de chave #4. As japonesas Kasumi Ishikawa e Ai Fukuhara também estão na briga.
As brasileiras são Gui Lin, Carolina Kumahara e Lígia Silva, que dependem do chaveamento para prever até quão longe podem chegar.
Duplas Masculinas:
Em 2013 o domínio chinês que vinha desde 1993 foi quebrado por Taipei, que desta vez chega ao Mundial com os atuais campeões Chen Chien-An e Chuang Chih-Yuan e com os cabeças de chave #1: Hung-Chieh Chiang e Sheng-Sheng Huang.
Entre as duplas chinesas, destaque para Xu Xin e Zhang Jike, que são os mais cotados para evitar uma derrota em casa. Olho também para o chinês Ma Long, que aproveitou a mudança de regulamento para fazer dupla com o alemão Timo Boll, em uma parceria histórica.
Do Japão vêm Kenta Matsudaira e Koko Niwa, que podem incomodar, assim como Tang Peng e Wong Chun Ting, de Hong Kong; os austríacos Robert Gardos e Daniel Habesohn e os chineses Fan Zhendong e Zhou Yu.
O Brasil tem Hugo Calderano e Gusatavo Tsuboi, que entram na competição como cabeças de chave #23 e podem surpreender.
Duplas Femininas:
Li Xiaoxia é atual tricampeã ao lado de Guo Yue, mas em 2015 formará dupla com Ding Ning, o que não tira o favoritismo. A China ainda tem a dupla Liu Shiwen e Zhu Yuling.
Entre outros destaques asiáticos estão as japonesas Ai Fukuhara/Misako Wakamiya e Miu Hirano/Mima Ito, além da dupla de Cingapura composta por Tianwei Feng e Mengyu Yu.
As brasileiras Gui Lin e Caroline Kumahara chegam à competição como cabeças de chave #27.
Duplas Mistas
As duplas mistas representam a disputa mais imprevisível do Mundial. A Coréia do Norte defende o título com Kim Hyok-Bong e Kim Jong, enquanto a Coréia do Sul tenta a revanche da última final com Lee Sang-Su e Park Young-Sook.
A China será representada por duas duplas: Xu Xin/Yan Haeun e Yan An/Wu Yang, que certamente entrarão mais fortes do que em Paris, dois anos atrás.
O Brasil está inscrito com duas duplas: Gustavo Tsuboi/Gui Lin - cabeças de chave #31 - e Hugo Calderano/Caroline Kumahara.
Fatos:
Nos últimos dez Mundiais, os chineses...
... Venceram oito no simples masculino
... Venceram todos no simples feminino
... Venceram nove nas duplas masculinas
... Venceram todos nas duplas femininas
... Venceram nove nas duplas mistas
Em 2013 o Brasil...
... Chegou na segunda fase do simples masculino com Cazuo Matsumoto e Gustavo Tsuboi
... Chegou na segunda fase do simples feminino com Caroline Kumahara
... ... Chegou na segunda fase das duplas masculinas e mistas
Programação:
| Data | 27 Abril | 28 Abril | 29 Abril | 30 Abril | 1 Maio | 2 Maio | 3 Maio |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Simples Masc | 1R | 2R | 3R | 4R | QF | SF, F | |
| Simples Fem | 1R | 2R | 3R | 4R, QF | SF, F | ||
| Duplas Masc | 1R, 2R | 3R | QF | SF, F | |||
| Duplas Fem | 1R, 2R | 3R | QF | SF, F | |||
| Duplas Mistas | 1R, 2R | 3R | 4R, QF | SF | F |
Aqui no Surto Olímpico você poderá acompanhar a competição com postagens diárias sobre tudo o que acontecer em Suzhou.
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