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Torben Grael diz que iatismo sofre por superbactéria encontrada no Rio


Foi descoberta, na última semana, a existência de uma superbactéria em rio que deságua na Praia do Flamengo. Para a cidade-sede, como um todo, é prejudicial, mas para o esporte que utiliza o meio em que foi encontrado, é ainda pior. E isso é o que acontece com a Vela.

A superbactéria foi descoberta por pesquisadores da instituição Fiocruz, e detectaram a área de alcance onde a mesma pode ser encontrada. E está área engloba uma das raias olímpicas da Vela.

As atletas Martine Grael Kahena Kunze, dupla campeã mundial na classe 49er FX, que levaram o Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta (feminino), não quiseram se manifesta a respeito. Entretanto, Torben Grael, pai de Martine, resolveu se posicionar, lamentando o ocorrido.

“Essa notícia teve um impacto muito grande na vela internacional. Acho que o risco para quem está velejando é pequeno. Não sou da área, mas acredito que as bactérias não têm muita resistência na água salgada. Essas medições onde encontraram as bactérias foram feitas ainda no leito do que era o Rio Carioca, que agora é um canal meio que de esgoto. Para uma cidade que está se preparando para os Jogos Olímpicos é uma péssima publicidade”, disse o maior medalhista olímpico do Brasil até então.

(Foto: Fred Hoffmann)


Grael, ainda criticou as escolhas feitas pela organização: “Eu não velejei em nenhum lugar tão ruim quanto a Baía de Guanabara. Para dizer que está bom é querer tapar o sol com a peneira.  Se você comparar os locais aonde foram os outros Jogos Olímpicos com o Rio de Janeiro você vê que a qualidade de boa não tem nada. Foram feitos alguns progressos. Aumentou-se bastante a coleta de esgoto sanitário. Mas para chamar de boa falta bastante. Alguns municípios, como Niterói, têm índice grande de coleta, mas em São Gonçalo é ínfimo. Todos eles desaguam na Baía de Guanabara e juntam numa panela só”.

O Bicampeão olímpico contrapõe a postura vivida para a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Para ele, as melhorias na cidade devem existir com os sem jogos e não simplesmente melhorar apenas para o acontecimento do evento.

Pouquíssimas chuvas, pouquíssima amplitude de maré e ventos bons para o quadrante sul, que não trouxeram o lixo do fundo da Baía. Essa época a água não é tão quente e tem menos problema de proliferação de alga. A conjuntura, tudo ajudada pelas bactérias que colocaram para comer a matéria orgânica, melhorou aquele período. Mas foi aquele período. Vai ver agora como está, está diferente. O problema é que não é só os Jogos Olímpicos. Tem que despoluir porque tem que despoluir”.




Fonte: globoesporte.globo.com

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