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Velejador Robert Scheidt planeja aposentadoria após os Jogos Olímpicos de 2016


Crítico da decisão da Federação Internacional de Vela (Isaf, em inglês) de retirar a classe Star do programa da Olimpíada, Robert Scheidt planeja deixar a vela olímpica após os Jogos do Rio-2016. Atualmente na Laser, que demanda mais esforço por comportar apenas um velejador, o atleta de 41 anos não pensa em prolongar a carreira para Tóquio-2020. E já tem em mente projetos de popularização do esporte que o consagrou.

– Se a Star voltasse, teria condições de competir até 2020, mas não acho que vai acontecer. Ainda preciso passar por critérios seletivos, mas acredito que meu ciclo acaba em 2016. Hoje em dia, a campanha olímpica é tão profissional que você não pode se dedicar a outra coisa ao mesmo tempo. Mas depois terei outras possibilidades, como a America´s Cup e a vela profissional – disse.

A vela é o segundo esporte que mais rendeu medalhas olímpicas ao Brasil até hoje. Foram 17, duas a menos que o judô. Mas a modalidade ainda enfrenta barreiras para se tornar conhecida. Apesar de não ter definido exatamente o que fará quando deixar de competir, Scheidt considera a possibilidade de montar uma escolinha com o intuito de modificar um pouco esse quadro.

– Quando eu parar com a vela olímpica, pretendo me dedicar a projetos sociais. É preciso dar chance às pessoas de conhecer o esporte. De saber o como o barco funciona, como é o vento. São coisas que elas podem usar, profissionalmente ou não, no futuro. A ideia é dar acesso a quem não teria acesso. Mas precisa ser algo durador. Para dar frutos.

Em quarto lugar na Regata Internacional de Iatismo, que terminou no sábado 9, no Rio de Janeiro, ele acredita que o fator casa não é mais um trunfo tão grande para os brasileiros como no passado.

– Todas as equipes têm se preparado aqui, então o Brasil tem de estar sempre à frente. Os estrangeiros já conhecem a Baía de Guanabara, estão aqui desde o início do ano. A vantagem que temos vai se diluindo até 2016. Não é uma vantagem com a qual podemos contar – afirmou.

Robert Scheidt é o maior medalhista olímpico do Brasil em atividade. Ele tem no currículo dois ouros (Atlanta-1996 e Atenas-2004, ambos na Laser), duas pratas (Sydney-2000, na Laser, e Pequim-2008, na Star) e um bronze (Londres-2012), além de 14 títulos mundiais, entre as duas classes.


Fotoe  Fonte: Lance

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