Antes da premiação do melhores atletas do ano do vôlei de praia, na
noite da última sexta-feira, em Salvador, o presidente da Confededação
Brasileira de Vôlei, Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, fez um
desabafo na frente de dirigentes, comissão técnica e jogadores sobre as
denúncias de irregularidades financeiras na entidade feitas pela ESPN
Brasil. E mais, anunciou a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
para um novo modelo de gestão na CBV.
- Tivemos uma reunião com o
Banco do Brasil, que sugeriu que algumas medidas fossem tomadas para que
a crise no vôlei fosse debelada. Entre elas, a contratação de um modelo
novo de administração e concordamos. Nós resolvemos contratar a
Fundação Getúlio Vargas para que instituisse esse modelo de gestão -
anunciou Toroca após um discurso de dez minutos.
As denúncias continuaram em pauta. Avelar Matias, gerente executivo
do Banco do Brasil, que patrocina o vôlei brasileiro, também falou aos
presentes. Angustiado, ele demonstrou desejo na continuidade da
parceria, mas deixou bem claro que quer uma resposta sobre as denúncias
feitas.
- Precisamos dessa resposta, queremos uma satisfação.
Desde a semana que surgiram essas denúncias, o Banco do Brasil tem se
colocado ao lado da CBV nessa condição de nuvem cinzenta que todos estão
passando. Não há como não admitir que é uma crise que precisa ser
encarada. Para isso, precisamos construir uma nova pauta. Não existe a
menor possibilidade das coisas continuarem como estão - disse Avelar.
O
campeão olímpico Emanuel, que foi homenageado pela CBV na cerimônia dos
melhores da temporada, também não fugiu do assunto e fez um apelo para
valorização do vôlei nacional:
- Estou muito satisfeito e com
vontade de estar com vocês por mais tempo. Vamos fazer esse esporte algo
muito mais valoroso. Acho que agora todos nós temos um trabalho a mais,
o pessoal do operacional, os atletas, comissão técnica, o próprio novo
comitê de gestão que vai vir para CBV. Vamos melhorar o vôlei - pediu o
veterano de 40 anos.
Fonte: Lancenet
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