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O boicote aos Jogos Olímpicos de 1984 - História e Esporte


Por Rodrigo Farias (@rodrigofarias27)




Após a ausência de uma parte do bloco capitalista nos Jogos de Moscou, era esperada uma ação semelhante por parte da União Soviética e seus seguidores socialistas. No dia 8 de maio de 1984, a expectativa se confirmou: o governo russo anunciou que não enviaria a sua forte comissão de atletas para Los Angeles. O recado era claro e não precisava ser dito: “boicotou o meu, boicoto o seu”.

O que era discutido e negociado após o anúncio russo era apenas uma coisa: “quem irá aderir ao boicote? Todo o bloco ou parte dele?” – Logo após isso, algumas respostas chegaram: a Bulgária e a Alemanha Oriental anunciaram que iriam seguir a política soviética no dia 10; logo depois, Mongólia e Vietnã (no dia 11); Laos e Tchecoslováquia (dia 13); Afeganistão – esse curiosamente participou dos Jogos de Moscou e boicotou Los Angeles, mesmo sob ocupação russa – Hungria e Polônia (dias 16 e 17, respectivamente). No dia 24, Cuba seguiu o bloco socialista; o Iêmen do Sul, no dia 27 e fechando o grupo que aderiu a URSS, Coreia do Norte e Angola.

Curiosamente, outros países também não foram a Los Angeles: o Irã alegou que “os americanos interferem no Oriente Médio, auxiliam o governo que ocupa Jerusalém e cometem crimes na América Latina, especialmente em El Salvador”. É a única nação que boicotou Moscou e Los Angeles. Além desse, a Líbia, Albânia e a Etiópia também aderiram ao movimento.

Assim como em 1980, o bloco boicotador organizou uma competição alternativa: os Jogos da Amizade, ocorridos na União Soviética entre julho e agosto de 1984. Em 1980, os Jogos ocorreram na Filadélfia, organizados na área da Universidade da Pensilvânia.

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